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Brandão se une a Lula para fazer o Maranhão avançar

Raimundo Borges – Bastidores

No começo de uma semana tensa em Brasília, principalmente na relação do governo federal com o Congresso a três semanas do recesso parlamentar, o presidente Luz Inácio Lula da Silva (PT) abre espaço em sua agenda para receber o governador Carlos Brandão (PSB). Na mesma segunda-feira (02), a equipe econômica ainda vivia ressabiada com a repercussão no Congresso e no mercado financeiro das medidas enviadas pelo ministro Fernando Haddad para equilibrar as contas, economizar R$ 70 bilhões em dois anos, isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil e aumentar a taxação para a ganhos acima de R$ 50 mil.

Há de se reconhecer essa boa relação de parcerias do governo Lula com o governo Brandão, num dos momentos históricos mais promissores para o Maranhão finalmente avançar rumo ao tão esperado desenvolvimento. Com vários indicadores econômicos e sociais melhorando no contexto regional, o estado governado por Brandão tem contado com efetiva parceria do governo federal. Quase que mensalmente o Palácio dos Leões recebe visitação de ministros – algumas ocasiões até cinco de uma vez só –, o que significa que Lula quer realmente desatar os nós que travam o bem-estar da população que tem lhe dado enormes votações.

O governo Lula está percebendo que, para fazer do Brasil uma potência econômica latino-americana, tem que agir rápido, investindo nos estados mais pobres e desiguais do Nordeste. É inaceitável tamanho desequilíbrio entre Sul e Norte do Brasil. Por exemplo, Santa Catarina mostra um modelo de desenvolvimento avançado dentro do mesmo país. O estado é uma estação de vocações. É o primeiro do Brasil em segurança pública, sustentabilidade social e eficiência da máquina pública; o segundo em infraestrutura e educação; e o terceiro em inovação tecnológica. Por 12 vezes consecutivas foi o melhor estado para se viajar. Hoje é grande destino de mão de obra do Nordeste e do Maranhão.

Enquanto Santa Catarina está construindo os maiores edifícios do mundo e investindo até em duplicação de praias artificiais no Balneário de Camboriú, no Maranhão, segundo maior litoral do Brasil, milhares de moradores vivem em casebres de palha de babaçu e crianças estudam em “escolas” sem banheiro e transportadas em ônibus caindo os pedaços. Brandão tem tido uma atuação forte nos municípios, mas é necessário que também a iniciativa privada faça a sua parte. Esperar só do governo é permanecer numa história de atraso na qual ninguém quer ser protagonista. É preciso união para mudar essa realidade.

Só tem um caminho para o Maranhão pegar o rumo do desenvolvimento: atrair investimentos privados, principalmente em tecnologia e infraestrutura, otimizar o uso do dinheiro público no combate à pobreza nos serviços essenciais, com plano bem elaborados e atacar as causas em todos municípios. Tem que envolver as suas instituições públicas e privadas em uma educação de qualidade, qualificar mão de obra, incentivar o empreendedorismo e realizar parcerias público-privadas em todas as áreas. No encontro com o presidente Lula, Brandão levou as demandas estaduais mapeadas, com os projetos em andamento e os que dependem de liberação de recursos. São bilhões de reais, como a ZPE de Bacabeira.

Antes de qualquer coisa é necessário pacificar o Maranhão, unir suas lideranças no esforço comum que o faça avançar com planos e metas definidas. A política miúda que secularmente atrasou o estado não pode mais prosperar. Há um imenso potencial econômico que não chega à massa miserável e necessitada. A politicalha tem que ser varrida da vida dos políticos em nome da prosperidade para todos. O essencial não é passar semanas debatendo quem foi e quem não foi convidado para o casamento do ministro Flávio Dino. Isso é um assunto dele e da esposa Daniela Lima. O Maranhão tem uma realidade social que precisa mudar com urgência. E só muda se todos resolveram agir no sentido da mudança.

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