Ora, Pílulas!
Raimundo Borges – Bastidores
A Coluna Ora, Pílulas! desta sexta está lastreada por temas quentíssimos. Eduardo Braide joga seu prestígio na campanha de Mariana Carvalho em Imperatriz; TCE vai auditar folha de pessoal da Câmara de São Luís; Poderes tentam desatar nó de Flávio Dino nas emendas PIX; e Ricardo Capelli é lançado pré-candidato do PSB ao governo de Brasília. Tem mais…
Olhando longe (1)
A decidir participar, ao vivo e em cores, de ato de campanha da candidata do Republicanos à prefeitura de Imperatriz, Mariana Carvalho, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) começa a mostrar ao Maranhão que tem um projeto que ultrapassa o muro que separa o Palácio La Ravardière, sede da Prefeitura, do Palácio dos Leões, sedo do governo estadual.
Olhando longe (2)
Ao sair da eleição municipal com enorme força política, ao ser reeleito com 70,12% dos votos, Braide escancarou uma liderança que o habilita à disputa do governo em 2026. Com a juventude de 48 anos, o prefeito da capital maranhense está assumindo sua vocação ideológica de direita, ao abraçar a candidatura de Mariana Carvalho ao lado do evangélico Lahésio Bonfim, 2º colocado na disputa de 2022 do Palácio dos Leões. Nesta 5ª feira, foi a vez do deputado Nikolas Ferreira (Novo-MG) fazer uma motociata na cidade com Mariana. Todos símbolos do bolsonarismo nacional e estadual.
Contando gente (1)
Enquanto a Câmara de Vereadores de São Luís se movimenta para reeleger (ou não), o atual presidente Paulo Victor, o Tribunal de Contas do Estado decidiu, por unanimidade, auditar as contas do parlamento, relativas a 2023. Atende denúncia de um cidadão, segundo a qual há irregularidades no concurso realizado naquele ano e que apenas 10% dos servidores da Casa são de cargos efetivos.
Contando gente (2)
Não poderia ser diferente. Apenas em 2019, quando a Câmara Municipal completou 200 anos e depois de uma batalha judicial para demitir servidores comissionados e realizar concurso, a Casa do Povo, finalmente o fez para 116 vagas. Foi um Deus nos acuda, mas não teve jeito. Agora a encrenca continua e o TCE vai dar uma olhada na papelada.
Nó cego (1)
Desde agosto passado que o Congresso Nacional, o Executivo e o STF tentam desatar o nó que o ministro do Supremo Tribunal Flávio Dino deu nas emendas Pix. Ele suspendeu o pagamento dos valores creditados e determinou auditoria nos repasses já feitos, que chegam a superar os R$ 5 bilhões. O motivo é um só: falta transparência, publicidade e rastreabilidade na dinheirama pública que chega às prefeituras sem projeto, sem autoria e sem controle.
Nó cego (2)
Esta semana, na 4ª feira, representantes dos Três Poderes, MPF e AGU se reuniram em Brasília com Flávio Dino e demais ministros do STF para tentar um acordo sobre como mudar a fórmula de pagamentos das emendas Pix. Saiu uma posição conjunta que define novas regras de transferências de todo tipo de emedas: do relator, de bancada, de comissão e individual. Terão destino definido em lei, com aplicação por temas nacionais, regionais, estaduais ou municiais com autoria e destino.
Nó cego (3)
Vitória de Flávio Dino que se agarrou ao Art. 37 da Constituição Federal de 1988, que tem clareza de um céu sem nuvens, como alicerce do sistema jurídico brasileiro. Estabelece os princípios fundamentais que norteiam a Administração Pública, sustentada na “legalidade, moralidade, eficiência e transparência na gestão do dinheiro público”.