Opinião

CCMP: Os 100 primeiros dias

O Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público já completou seus primeiros cem dias! Primeiro do gênero no cenário dos órgãos de Justiça maranhenses, o CCMP foi inaugurado em 14 de dezembro de 2018, Dia Nacional do Ministério Público, nas instalações da antiga sede da Procuradoria Geral de Justiça, no Centro de São Luís

O Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público já completou seus primeiros cem dias! Primeiro do gênero no cenário dos órgãos de Justiça maranhenses, o CCMP foi inaugurado em 14 de dezembro de 2018, Dia Nacional do Ministério Público, nas instalações da antiga sede da Procuradoria Geral de Justiça, no Centro de São Luís. Um exemplo do esforço institucional para, a um só tempo, colaborar com a revitalização da área e garantir, ao cidadão, a plenitude de seus direitos à memória e à informação relacionados ao Ministério Público, sua história e seu Planejamento Estratégico.

O CCMP reuniu no mesmo espaço equipamentos culturais do Ministério Público, criando um local propício à construção de um pensamento crítico, com base na educação em direitos humanos. Nesses cem dias, mais de 1300 pessoas já visitaram o CCMP e suas instalações. Recebemos a visita de grupos de estudantes, de escolas e universidades, das comunidades vizinhas e de turistas atraídos pelo ambiente acolhedor e moderno. Nosso Centro Cultural já foi palco de diversos eventos da sociedade civil e de órgãos públicos, que reconheceram ali um local com estrutura diferenciada, que inclui um auditório de 180 lugares, com plena acessibilidade.

O grande Ferreira Gullar disse uma vez que “a arte existe, porque a vida não basta”. O Espaço de Artes Ilzé Cordeiro é uma galeria destinada à divulgação do trabalho de artistas plásticos, além de trazer temas que permitem a reflexão sobre a própria cidadania. A exposição Invente Outra Desculpa, da curadoria do CCMP, exercida pelos servidores Francisco Colombo e Dulce Serra, é um exemplo da força civilizatória que a arte tem. A exibição de roupas de mulheres vítimas de violência sexual ajuda a desconstruir a cultura do estupro, ao demonstrar que não é como a mulher se veste ou se porta: a violência que sofre nunca pode ser a ela atribuída!

Não existe espaço ocioso no CCMP. De oficina de street dance, com uma instrutora cadeirante, a aulas de arte com material reciclável, pela procuradora de justiça Teresinha Guerreiro, todas as atividades explicam o sentido dos projetos do Planejamento Estratégico institucional. 

O Espaço Multimídia traz, com totens eletrônicos, nossa história oral, com o registro daqueles que lideraram a construção do Ministério Público maranhense, para atender aos anseios de nossa sociedade no período após a Constituição de 1988.  No mesmo espaço, a Linha do Tempo, elaborada pela Comissão Coordenadora do Programa de Memória Institucional, em especial pelo promotor de justiça Washington Cantanhede, mostra a construção dessa história desde o período colonial até nossos dias, destacando os homens e mulheres que construíram essas trilhas, a exemplo da Dra. Elimar Figueiredo, que generosamente doou todas suas condecorações para nosso acervo.

A Escola Superior do Ministério Público, também ali inserida, ajuda a movimentar o CCMP com seus projetos de extensão, abertos à comunidade, de acesso gratuito e válido como horas acadêmicas. São exemplos as edições da ESMP Literária e dos Diálogos Republicanos, eventos mensais de interesse social e que já acolheram temas ligados à democracia, às questões de gênero e o direito à informação. 

A cereja do bolo, sem dúvida, é o Memorial do Ministério Público, conduzido pelo procurador de justiça Teodoro Peres Neto e sua equipe. Com um acervo riquíssimo sobre a história do Maranhão e do Brasil, as retrata sob a ótica da construção do Ministério Público maranhense, que está presente, de forma marcante, em todos esses momentos. Destaco, por absolutamente justo, o espaço dado às pioneiras do MP maranhense, que sempre ocuparam posições de comando e de representação em nossa instituição, muito antes da maioria do Parquet em outros Estados. 

Esses primeiros cem dias nos mostram que estamos no caminho certo. A estratégia de buscar na cultura os caminhos de conexão com a mais alta autoridade da República, o cidadão, nas palavras da Ministra Carmem Lúcia, do STF, é acertada e irreversível. Arte e cidadania constroem a realidade que a sociedade quer e que o Ministério Público tem o dever constitucional de promover. Visite o Centro Cultural do MP. A casa é sua!

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