Colegagem
Homens do poder mantêm uma esquisita e tradicional mania de fazer um rodízio para todos conseguirem sentir a sensação de sentar na cadeira do governador. Constitucional o chefe do executivo viajar para obrigações em outros estados e países, normal o vice-governador assumir as funções tocando o dia a dia, estranho assistir a engenharia para os […]
Homens do poder mantêm uma esquisita e tradicional mania de fazer um rodízio para todos conseguirem sentir a sensação de sentar na cadeira do governador. Constitucional o chefe do executivo viajar para obrigações em outros estados e países, normal o vice-governador assumir as funções tocando o dia a dia, estranho assistir a engenharia para os presidentes do legislativo e judiciário conseguirem bater uma foto para a posteridade e, quem sabe, uma visita ao município de nascimento suprindo a vaidade do filho da terra chegar ao topo da pirâmide. De vez em quando deixam uma obra para ser inaugurada. Assistimos mais uma graciosa homenagem ao presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão com Flávio Dino (PCdoB), Carlos Brandão (PRB) e Othelino Neto (PCdoB) afivelando suas malas, permitindo ao José Joaquim desfilar com seus sapatos reluzentes de verniz pelos corredores do Palácio dos Leões. Nada mudou nesses dias festivos de beija-mão, somente um generoso pai mostrando ao filho e deputado estadual, carinhosamente chamado de Pará, que um dia pode desfilar com a faixa de líder de todos nós. Está longe de acontecer, primeiro o rebento precisa trabalhar e mostrar a razão de ter sido eleito pelo genitor com a força da toga. Será que um dia vai mudar esta colegagem sem sentido nenhum para a população?
Quem imaginaria assistir a harmonia entre o grupo Sarney e Dino pelo Maranhão. Depois do generoso encontro entre os dois líderes político ninguém escuta nem um rosnado dos opositores e, muito menos, uma crítica no sistema de comunicação. Inclusive incluíram a cantora Alcione no pacote do bem conviver. Que diria o padre Antônio Vieira se vivo estivesse?
Ninguém deve ter combinado, estrategicamente Bolsonaro (PSL) e Dino (PCdoB) descobriram que o ranger dos dentes em público favorece a ambos não permitindo a entrada de terceiros na corrida presidencial de 2022. Imagina se o Jair quer deixar o Sergio Moro roubar a cena ou Flávio assistir o Ciro (PDT) ganhar volume eleitoral.