Opinião

Vacinas Salvam: A virada de Lula contra a desinformação

Felipe Camarão- Vice-Governador do Maranhão e Carlos Lula- Deputado Estadual

Felipe Camarão- Vice-Governador do Maranhão e Carlos Lula- Deputado Estadual

Reestruturar políticas públicas é um processo muito mais complexo do que implementá-las. É o que dizem os especialistas, e o que o Brasil tem experienciado no último ciclo político apenas confirma isso. A política de saúde do Governo Lula, especialmente no que se refere à vacinação, tem se mostrado um verdadeiro marco de eficiência.

Em um cenário global onde a hesitação vacinal e a desinformação colocam vidas em risco, o Brasil deu um passo significativo ao reduzir em 85% o número de crianças sem vacinas essenciais nos últimos dois anos. Este resultado é um testemunho do comprometimento do governo federal com a saúde pública e da retomada de estratégias significativas.

Sempre fomos um país de referência na questão da imunização coletiva, e esta tradição se iniciou em parte pelo autoritarismo estatal, na época da ditadura militar. Agora vejam a ironia que bateu à porta da extrema-direita brasileira: os valores patrióticos defendidos pelos conservadores não incorporaram a questão da vacinação dos brasileiros e brasileiras.

Os números de retomada da vacinação ampliada no Brasil significam, antes de mais nada, garantir um futuro digno e esperança para nossas crianças. Sem isso, qualquer planejamento estatal a médio e longo prazo torna-se inócuo. Precisamos das crianças brasileiras imunizadas, saudáveis e com sorriso no rosto. Diferente das ondas negacionistas na Europa, aqui nos trópicos há uma incorporação de valores de saúde pública, que foram colocados à prova pelo governo Bolsonaro. Recuperar esta nossa tradição não tem sido missão simples, mas aos poucos os números já mostram que sim, estamos no caminho certo.

Um relatório recente destaca que o número de crianças sem vacinas-chave caiu de 687 mil para pouco mais de 100 mil, um feito notável que merece reconhecimento. Este avanço só foi possível graças a um esforço coordenado entre o governo federal, estados e municípios, além do apoio de organizações internacionais como a UNICEF.

O peso de ter um Presidente da República jogando contra ou a favor do país é muito grande. Hoje temos a garantia de que o governo federal atua diuturnamente para salvar vidas, e não o contrário. Governar para cuidar das pessoas tem essa missão primordial. Acima de tudo, preservar a geração atual e as gerações futuras.

Um aspecto que gostaríamos de mencionar é que, durante a crise sanitária provocada pela pandemia da COVID-19, o Brasil enfrentou um desafio sem precedentes. Naquele momento, o Governo Federal adotou uma postura negacionista, enquanto o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) lutou incansavelmente para garantir a vacinação em massa da população.

Efetivamente, o que nos tirou da crise sanitária? Ora, foi a imunização da população. Mesmo aqueles que vociferavam contra ela acabaram eventualmente se vacinando e, em muitos casos, colocando sigilo nos seus cartões de vacinação. Foi esse esforço que resultou na imunização de milhões de brasileiros, salvando incontáveis vidas e ajudando a controlar a disseminação do vírus. Isto aconteceu há menos de três anos, não nos esqueçamos. Nossa batalha é para que este passado nunca mais se repita e para que os colaboradores do caos que vivemos sejam desprezados.

Um dos aspectos mais louváveis da política de saúde do Governo Lula é a transparência com que as informações são compartilhadas com o público. Campanhas educativas e informativas têm sido cruciais para combater a desinformação e promover a aceitação das vacinas. Nunca fomos um país antivacina; a sociedade brasileira sempre esteve receptiva à imunização. Esta confiança do público é fundamental para o sucesso de qualquer programa de vacinação, e o governo tem trabalhado diligentemente para conquistá-la.

Além disso, o apoio à pesquisa e ao desenvolvimento de novas vacinas demonstra um compromisso de longo prazo com a saúde pública. O Brasil tem se posicionado como um líder na América Latina, mostrando que é possível alcançar resultados significativos com políticas bem estruturadas e executadas.

Os desafios ainda existem, e a jornada para um país completamente vacinado está longe de terminar. No entanto, os resultados obtidos até agora são motivo de orgulho e mostram que estamos no caminho certo. A determinação do Governo Lula em promover a saúde pública e a vacinação é um exemplo a ser seguido.

A política de saúde executada pelo Ministério da Saúde, com foco na vacinação, tem sido um sucesso inegável. A redução drástica no número de crianças sem vacinas essenciais é um reflexo do compromisso e da eficácia das estratégias adotadas. Com um olhar atento para o futuro, é essencial que continuemos a apoiar e fortalecer esses programas para garantir a saúde de todos os brasileiros.

Precisamos pensar, além da necessidade imediata da imunização ampla e irrestrita da nossa população, a saúde como um direito inalienável. Isto passa por enxergar o financiamento, o acesso, o alcance e a representatividade do SUS além dos limites estabelecidos que temos hoje.

Por fim, cabe ressaltar um alerta importantíssimo que o ministro do STF, Flávio Dino, fez em recente publicação: combater as “Fake News” em relação à saúde pública é uma missão de primeira hora. Estamos falando aqui das instituições de justiça, da sociedade civil, das autoridades públicas e dos representantes políticos.

O prejuízo coletivo da disseminação de notícias falsas, com conteúdo antivacina e marcadamente negacionista, além de ser um desserviço para a democracia brasileira, põe em risco milhares de vidas que se encontram mergulhadas em um oceano de mentiras e ilusões. Defender a vida hoje no Brasil passa por defender a verdade, e a verdade não é tão difícil assim de ser lida: vacinas salvam vidas!

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