Opinião

O petróleo é nosso

Edilson Baldez das Neves- Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão(FIEMA) e Segundo Diretor Secretário da Confederação Nacional da Indústriass(CNI)

1 / 2

A frase cunhada pelo então presidente Getúlio Vargas reverberou pelo país, desde a descoberta de petróleo na Bahia até a criação da Petrobras, em 1953, a estatal brasileira atualmente é líder na exploração e produção de petróleo em águas profundas e detentora do 9º parque de refino de petróleo do mundo.

Com a evidência das reservas do pré-sal, em 2007, nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, o país se tornou autossuficiente na produção de petróleo e gás com a produção nacional se aproximando de 3,4 milhões de barris por dia.

Recentemente, com os estudos divulgados que apontam a existência de nova reserva petrolífera localizada na Margem Equatorial brasileira, no Arco Norte do país, potencializada como o novo pré-sal do país, cujas estimativas, em torno de 20/30 bilhões de barris recuperáveis, o colocam no patamar da metade dos recursos descobertos até hoje no Pré-Sal.

Como sempre, a análise de que existe um potencial significativo de riqueza muito valiosa na margem continental do Pará-Maranhão, bem como na Bacia de Barreirinhas, indica que a exploração dessa imensa área petrolífera pode transformar as dinâmicas regionais do Norte e Nordeste, ajudando a corrigir as diferenças sociais com as riquezas a ser geradas, como também, o país dar grande salto na sua produção energética, além de gerar muitos empregos e renda para o nosso estado.

A exploração dessa reserva petrolífera é tema prioritário da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão-FIEMA, entidade que desde o início hasteou bandeira de luta por essa causa desenvolvimentista. Buscou apoio institucional nas esferas empresariais, acadêmicas, parlamentares, dos governos federal, estadual e municipal, da Confederação Nacional da Indústria e de outras entidades.

Considerando a grandeza da perspectiva exploratória, a FIEMA entrou em contato com a presidência da Petrobras, convidando aquela empresa para uma apresentação, à classe empresarial, política e ao governo do Maranhão, do projeto de exploração da Margem Equatorial, principalmente na bacia PA-MA e de BARREIRINHAS, com seus reflexos sobre a economia da região, em nossa sede, nesta Capital.

A empresa agradeceu a convocação e promoveu fórum sobre Transição Energética e Margem Equatorial, coordenado pelo governo do estado, para tratar do tema. Representando esta Federação, o vice-presidente
2 / 2
Executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, enfatizou a exploração dos poços nas bacias localizadas no Maranhão como essenciais para o desenvolvimento do nosso estado e, principalmente, para a população que precisa dos benefícios de investimentos tão expressivos.

O impacto da exploração da margem equatorial atrairia grandes investimentos e proporcionaria incremento no PIB da região, como aponta o recente estudo da Confederação Nacional da Indústria, que prevê a geração de 326 mil empregos e projeção de aumento de R$ 65 bilhões no PIB dos estados do Norte e Nordeste. No Maranhão, a previsão é que sejam gerados mais de 56 mil empregos e o PIB cresça em 12,2%, adicionando R$ 10,9 bilhões. Simula, igualmente, receita de R$ 648 milhões com tributos diretos e indiretos.
Uma fato importante foi o lançamento semana passada no Congresso Nacional da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Exploração de Petróleo na Margem Equatorial do Brasil (FMEQ), que será presidida pelo deputado maranhense Pedro Lucas Fernandes. O lançamento contou com a participação do representante desta Federação, o vice-presidente Executivo Fábio Nahuz e de políticos e autoridades que abraçam essa causa de interesse regional. A Frente engloba as bacias sedimentares da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

A margem equatorial compreende a região do litoral do Amapá até parte do Rio Grande do Norte, com duas importantes bacias no Maranhão (Pará-Maranhão e Barreirinhas). Lamentamos o atraso provocado pela negativa do IBAMA para a perfuração exploratória na área, mas consideramos que esse gigantesco projeto é nosso. É do Brasil. Esse não é mais um problema ambiental. Trata-se de uma questão do Estado brasileiro.
A FIEMA vem cumprindo seu papel de contribuir para o debate sobre esse tema singular que poderá ser o fiel da balança para o Brasil decidir se quer continuar sendo autossuficiente na exploração de petróleo e gás. Continuaremos lutando pela concretização desse projeto de desenvolvimento regional.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias