A Mulher, a costela e o barro
Celio Sergio
Dia internacional da mulher, e para mim, nem lugar de fala tenho neste dia, mas falarei aos homens.
Amigo, elas lutam por igualdade desde a criação. Se somos imagem e semelhança de Deus, a mulher foi feita de uma costela do homem. Nessa leitura, somos superiores.
Mas veja: Deus nos fez de barro e elas foram feitas de osso. Nessa leitura elas são superiores.
Barro e osso podem ser usados para várias coisas em várias tarefas, Uns se adaptam melhor com barro, outros com osso. Nesse caso, a maior diferença é a força e a resistência, e acho que isso realmente é uma grande diferença entre nós homens e as mulheres. Na minha opinião, como ‘barro”, elas são mais resistentes como “Osso”.
Mas é a força que quero falar. Não a força física, mas a força mental.
Porque acredito que elas têm uma força muito superior à nossa, uma força vital em suas ocupações, na vivência como ser no mundo que nós homens nunca teremos.
Nós homens gastamos nossa força em ocupações com: trabalho, lazer sexo, familia, ente outras coisas. As mulheres se ocupam da mesma forma e gastam a mesma força. Porém elas têm um gasto extra de força que os homens não tem.
A vida toda a mulher tem gastos extras de força mental com preocupações que o homem sequer pensou em ter.
Preocupações de ‘quem’ como? onde? Suas roupas, o se vestir, aparência, maquiagem, menstruação, beijo, sexo, relacionamento, trabalho, filho.
Para tudo a mulher ‘parece” ter um tempo pré-determinado, senão pela sociedade, por questões biológicas.
Tempo de menstruar, Tempo de namorar, tempo te trabalhar, tempo de casar, tempo de ter filho, tempo, tempo tempo. Fazendo desse tempo uma preocupação constante.
Homem também tem essas missões, porém muito menos despreocupado com tempo.
Assim bringando no tempo, a mulher entrenta na vida cotidiana, preconceitos na família, no trabalho, na escola e por todo lugar, sofre assédio, violência, abusos, discriminação… pelo simples fato de ser mulher. E elas têm uma “força extra” para enfrentar tudo isso e conseguir fazer as mesmas missões que nos homens que fazemos.
Em tempo, o tempo é a maior preocupação das mulheres. Amadurecem mais cedo gastam a força vital/mental nessa corrida de preconceitos e dos prazos biológicos da vida por ser mulher.
É visível na sociedades a força mental para enfrentamento as multitarefas de educar, cuidar e prover a si, ao autro e a família, a dirença é absurda em comparadas a nós em termos de preocupações.
Se não bastasse tudo isso, em só uma dessas lutas, GERAR VIDAS, lhes traz infinitas preocupações do parto a criação. Nós homens tentamos compartilhar, mas a dor do parto sempre será só delas.
Então, seus filhos da mãe, temos que admitir que elas são mais fortes. Eu admito! como disse Éramos Carlos “eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas”
O poder da Luz. É divino! Elas não poderiam ser feitas de barro (como nós homens), quebrariam fácil no parto. Mas como foram feitas de osso, osso de costela, resistente e flexiveis, que se dobram, se moldam e dificilmente quebram.
Talvez por tudo isso nos apaixonamos por elas, não pelo sexo, mas pelo que são. Se nos foi tirada essa costela, a falta e sentida, precisamos delas, desa força.
Podemos ser independentes. Como Costela e como Barro.
Mas juntos, cada um na sua essência e mais gosto.
É o amor, a costela e a panela de barro. Um depende do outro para dar o sabor, ao cozido da vida.
Talvez por isso é tão difícil largar o osso.
Feliz dia Internacional da Mulher
(*) Célio Sergio é essencialmente barro, filho de DaPaz, marido de Lurdinha e pai de Clarice.