O deputado Weverton Rocha não entrou na política para fazer gracinha ou receber ordens. Logo depois que Jackson Lago morreu em abril de 2011, Rocha tomou conta do PDT estadual e buscou injetar-lhe ânimo e projetá-lo também no âmbito nacional, com carta branca do presidente Carlos Lupi.

Deus nos acuda
Foi um Deus nos acuda entre os seguidores de Jackson Lago, que achavam uma interferência indevida no butim pedetista maranhense – a projetada do ex-governador. Weverton Rocha deu de ombros aos resmungados e seguiu reconstruindo o partido dentro de nova orientação e orientação renovada. Quem não se adaptou ao novo modelo pedetista procurou outro caminho, como fizeram familiares e alguns históricos do PDT. Enquanto Rocha organizava diretórios municipais e se fortalecia no regional, assumindo a presidência.

Jackson, o símbolo
Tudo isso sem negar a importância de Jackson como símbolo, que o Maranhão reconhece. Em 2014, ele foi eleito – deixando de ser o suplente de 2010 – e marcou presença destacada na eleição do governador Flávio Dino. Depois, colocou a ex-vereadora Rosângela Curado, liderança forte em Imperatriz, como adjunta da Secretaria de Saúde. Quando ela foi demitida do cargo, Weverton tirou licença da Câmara e a colocou no lugar. Sem, porém, passar recibo a Flávio Dino.

Salto político
No ano passado, ele deu o maior salto político: colocou no PDT o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior; o de São José de Ribamar, Gil Cutrim; e mais vários outros chefes municipais e lideranças expressivas. Agora, neste começo de ano eleitoral, Weverton já reassumiu sua cadeira na Câmara, arrumou uma diretoria para Rosângela se movimentar para a convenção do partido, na qual será definida a agenda de 2016, sem entrar em choque com as pretensões do PCdoB e outras legendas.