Volta entortada
Assim como em 2011, quando ele negociou “por cima” a saída do PSDB e a entrada no PSB, indo diretamente ao então mandachuva do PSB, governador Eduardo Campos, o hoje senador Roberto Rocha faz o mesmo movimento no sentido inverso. Definiu com o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati, e o governador de […]
Assim como em 2011, quando ele negociou “por cima” a saída do PSDB e a entrada no PSB, indo diretamente ao então mandachuva do PSB, governador Eduardo Campos, o hoje senador Roberto Rocha faz o mesmo movimento no sentido inverso. Definiu com o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a volta às origens tucanas. Só falta a filiação.
Roberto Rocha já acertou tudo para retornar ao ninho tucano, depois que viu as portas do PSB irem se fechando à sua frente, coincidentemente na esteira de seu projeto de disputar o governo do Maranhão em 2018, obviamente contra Flávio Dino. Rocha “perdeu” eleição em Imperatriz, com Ildon Marques, que levou do PMDB. Em Balsas, o seu irmão Rochina nem concorreu à reeleição, e em São Luís, o filho, Roberto Rocha Júnior, se aventurou como vice de Wellington
do Curso, quando tinha condições de ser reeleito vereador.
Hoje, o PSDB tem um projeto de governar o Brasil, com Geraldo Alckmin ou o prefeito de São Paulo, João Doria. Como não cabem dois candidatos, um deles vai sobrar, no caso, Doria. Na esteira da disputa presidencial, os tucanos precisam de candidatura de peso nos estados. Roberto Rocha, um tucano de “sangue”, se enquadra. Mas, para concorrer ao governo do Maranhão, ele mesmo já tomou a posição de opositor a Flávio Dino, de quem recebeu o apoio decisivo no fim da campanha de 2014 para ganhar a vaga de senador, de Gastão Vieira.
Ganhando ou perdendo o governo, com o mandato até 2022, Rocha não perde nada. Só tem a ganhar, pois, em tese, estaria habilitado para novo embate quatro anos à frente. O PSB, por sua vez, está praticamente definido que marchará em 2018 com Flávio Dino, conforme decisão já anunciada pelo diretório regional, num momento crítico no âmbito
nacional, com o partido rachado, com a debandada em vias de se tornar realidade, de aproximadamente oito deputados federais, dentre os quais José Reinaldo Tavares, que refuga “comunismo”, mas está afinado com Flávio Dino.