Um ano sem tropeços
Um ano de governo é sempre de expectativas e de frustrações. Em qualquer parte é assim. Sabendo disso, Flávio Dino, logo em janeiro, cuidou de preparar a gestão para não ser uma decepção no primeiro ano, quando cada medida, cada ato, cada passo do governo é acompanhado, discutido e analisado pela população. Assim, esse primeiro […]
Um ano de governo é sempre de expectativas e de frustrações. Em qualquer parte é assim. Sabendo disso, Flávio Dino, logo em janeiro, cuidou de preparar a gestão para não ser uma decepção no primeiro ano, quando cada medida, cada ato, cada passo do governo é acompanhado, discutido e analisado pela população.
Assim, esse primeiro ano foi o mais cobrado, porque dele a população esperava não apenas uma troca de guarda do Palácio dos Leões, mas, principalmente, a quebra na prática de governo e na concepção de gestão, de um governador fruto de outro fato histórico: ter derrotado a oligarquia Sarney de 50 anos, sustentando a bandeira do estigmatizado PCdoB.
Este 2015, no qual Flávio Dino estrou seu “governo comunista” no estado mais pobre do Brasil, foi o ano de pior agravamento da crise econômica no país, arrastada na esteira da crise política. Mesmo assim, o Maranhão chega a janeiro de 2016 conseguindo investir em áreas sociais longamente degradadas, com pagamento da folha em dia e com as despesas dentro das regras da LRF. Dino teve amplo espaço na grande mídia e ainda esculhambou os “impeacheteiros”.
Flávio Dino não brigou com a Assembleia, muito pelo contrário, seu “comunismo light” não assustou nem os deputados de direita e de centro-direita, que passaram a apoiá-lo. Por convivência e por sobrevivência. Ele não enfrentou greve do maior sindicato do Maranhão, o dos professores, não se atritou com o Judiciário e procurou chamar o setor econômico para um Conselho, em que todos podem espernear e também propor.