Terceiro turno ampliado?

As posições de Flávio Dino, governador do Maranhão pelo PCdoB, e de sua antecessora Roseana Sarney (PMDB) sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff desfraldam um cenário regional fictício de “terceiro turno” sem eleição. Dino é radicalmente contra o golpe, se movimenta intensamente na defesa de sua ideia. Na oposição Já Roseana navega […]

As posições de Flávio Dino, governador do Maranhão pelo PCdoB, e de sua antecessora Roseana Sarney (PMDB) sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff desfraldam um cenário regional fictício de “terceiro turno” sem eleição. Dino é radicalmente contra o golpe, se movimenta intensamente na defesa de sua ideia.

Na oposição
Já Roseana navega na corrente oposta. De repente, ela sai da autoflagelação política de 2014 para o ato do “desembarque” do PMDB do governo que, na prática, não aconteceu. O ato, de tão inusitado, assustou políticos, o governo e muita gente que acompanhou os peemedebistas gritando “Fora PT”. O mais espanado, entre notáveis, foi, sem dúvida, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. Em tom de estarrecimento, ele olhou para a foto dos personagens, velhos conhecidos da Polícia Federal,de braços erguidos, entoando o coro: “Brasil pra frente, Temer Presidente”. Barroso exclamou: “Meu Deus do céu! Essa é nossa alternativa de poder?”.

Terceiro turno
Por que um “terceiro turno”? Pelo menos na imaginação de Roseana Sarney. Ela foi a Brasília para o desembarque, como quem queria mostrar a Flávio Dino que o grupo Sarney está pronto para o que der e vier. Não é, porém, o que os fatos mostram. Quem manda no PMDB maranhense é o senador João Alberto e não mais Roseana. E ele está do lado oposto ao impeachment.

Afinadíssimos
Assim como seu colega Edison Lobão, o deputado federal João Marcelo e mais Weverton Rocha, PDT, afinadíssimo com Flávio Dino, que, por sua vez, ganha destaque nacional com sua posição. De quebra, ocupa o espaço de José Sarney no Palácio do Planalto. A diferença é que ele ataca o impeachment como político, ex-juiz federal e professor universitário de Direito. A sua postura, portanto, não é de quem está buscando um posto na Esplanada dos Ministérios, mas se colocando como opção real das esquerdas no Brasil, seja qual for o desfecho da crise.

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