Temer vai no “tudo ou nada”

Momento de carência financeira é tempo de negociar, barganhar e propor. Pois é isso que o presidente Michel Temer resolveu fazer para tentar aprovar, de qualquer forma, a reforma da Previdência na Câmara. Os deputados já terminaram 2017 esticando a corda para se distanciar do desgaste embutido na votação. Agora mesmo é que a reação […]

Momento de carência financeira é tempo de negociar, barganhar e propor. Pois é isso que o presidente Michel Temer resolveu fazer para tentar aprovar, de qualquer forma, a reforma da Previdência na Câmara. Os deputados já terminaram 2017 esticando a corda para se distanciar do desgaste embutido na votação. Agora mesmo é que a reação ficou
maior e a votação da matéria mais complicada do governo peemedebista, ameaçada.

Em plena semana pré-carnavalesca, o governo não desiste. Desta vez, a nova investida para conseguir votos tem como alvo os governadores. Sabendo das necessidades de cada unidade federada, com suas dívidas impagáveis, integrantes da equipe de articulação política do Planalto estão tentando marcar encontros com os governadores. A agenda
é uma só: para discutir um pacote de projetos que ajude financeiramente o sistema previdenciário dos estados, municípios
e o Distrito Federal. Uma das possibilidades, ainda em estudo, pode ser a criação de um fundo voltado para este fim.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu com os governadores do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins, Alagoas, Distrito Federal, Acre, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Piauí, além de um representante do governo de Sergipe. Os do Maranhão, Paraíba e Ceará, que exercem liderança no consórcio de governadores do Nordeste, não participaram. Ou por falta de convite, ou por serem
assumidamente contra a reforma da Previdência.

Técnicos da Secretaria da Casa Civil também confirmaram a negociação em curso com os governadores. Dizem que a dificuldade principal do governo será modificar os termos da Medida Provisória (MP) 778, referente ao parcelamento previdenciário dos estados, municípios e Distrito Federal. A MP foi aprovada em maio do ano passado pelo Congresso e já estabelece um parcelamento em até 200 vezes dos débitos previdenciários destes governos. Agora é a hora do acerto.
Ou apoia a reforma ou o pacote pode ser empacotado para depois das eleições, já no novo governo.

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