Prefeitos

Solidez na base aliada

Após as últimas mudanças de partidos de alguns prefeitos, é correto dizer que o governador Flávio Dino conta com o apoio de aproximadamente 200 dos 217 prefeitos

Sem alarde e sem foguetório, o governador o governador Flávio Dino conseguiu um fato histórico na relação administrativa e política com os municípios do interior. Hoje, por exemplo, ele conta em sua base aliada, com nada menos que todos os sete prefeitos dos maiores municípios do Maranhão, a partir de São Luís, com Edivaldo Júnior. A cambalhota de Assis Ramos, prefeito de Imperatriz, de troca o MDB pelo DEM, fez estremecer e desidratar ainda
mais o a legenda sarneísta do Maranhão. Afinal, o DEM faz parte da robusta aliança que elegeu Dino em 2018 e derrotou Roseana.

Faltando 18 meses para as eleições municipais de 2020, Flávio Dino tem em sua base os prefeitos Edivaldo Junior (PDT), São Luís; Assis Ramos (DEM), Imperatriz; Eudes Sampaio (PTB), São José de Ribamar; Fábio Gentil (PRB), Caxias; Luciano Leitoa (PSB), Timon; Domingos Dutra (PCdoB), Paço do Lumiar; e Juscelino Oliveira (PCdoB), Açailândia. Pensando bem, Flávio Dino conta com o apoio de aproximadamente 200 dos 2017 prefeitos.

Com cambalhota de Assis Ramos, prefeito do segundo maior município do Maranhão, o grupo Sarney engoliu em seco a inesperada perda, véspera da convenção regional do partido, sexta-feira passada, que acabou reelegendo presidente, o senador João Alberto, com 26 anos consecutivos no posto de 84 de idade. Assis Ramos, um delegado de polícia, foi eleito em 2016 por uma conjugação de fatores favoráveis, onde quatro candidatos receberam mais de 20% dos votos e menor de 30%. Ele se elegeu com 29,16% dos votos.

Como a política do Maranhão durante meio século ficou sob o domínio do ex-presidente e ex-senador José Sarney e seus aliados próximos – as famílias Lobão e Murad –, em 2020 terá que surgir uma liderança forte para enfrentar a força de Flávio Dino. Ele, porém, tem procurado ocupar espaço nacional no vácuo ocorrido na esquerda, com a prisão de do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem previsão de ser libertado. Dino, estrategicamente, não confirma e também não nega seu projeto de candidatura presidencial. Tudo tem relação direta com o desempenho do presidente Jair Bolsonaro até 2022.

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