Sinais de desgaste da BR-135

A morte da professora Ana Lúcia Duarte não tinha como escapar da esfera política. Tornou-se um tema de interesse coletivo, não apenas pelo papel que a educadora tinha junto à classe cultural, mas, acima de tudo, pelo alto teor da causa que fez com que a mesma reduzisse a velocidade do carro em que estava […]

A morte da professora Ana Lúcia Duarte não tinha como escapar da esfera política. Tornou-se um tema de interesse coletivo, não apenas pelo papel que a educadora tinha junto à classe cultural, mas, acima de tudo, pelo alto teor da causa que fez com que a mesma reduzisse a velocidade do carro em que estava e fosse, em seguida, alvejada por um tiro certeiro.

Morreu por um buraco
No sentido literal da coisa, Ana Lúcia morreu por causa de um buraco. No sentido mais amplo, mais profundo, foi a falta de interesse do Governo Federal que deu o primeiro anúncio fatídico. Há anos, a BR-135 dá sinais de desgaste e da necessidade de ampliação. Com principal e única via de acesso à Ilha de São Luís – e, por consequência, ao Parque Industrial e Porto do Itaqui –, a BR-135 deveria ser observada como uma menina que precisa sempre de cuidados e conservação, a fim de se manter apta na sua função essencial: ligar o centro administrativo e financeiro do Estado ao restante da federação.

Todo mundo reclama
Empresários reclamam, a população reclama, até os políticos reclamam. Mas cada trinar de repúdio parece que serve apenas para aumentar o tamanho das crateras que se acumulam ao longo da via. E, assim, nem o que se pretendia alargar sai do papel, tampouco o que se perde é restaurado.

Parlamentares pressionam
Os parlamentares do Maranhão prometem ir ao extremo das reclamações, dissecando o que puderem do assunto, com a intenção de evitar mais tragédias. É bom que os gritos sejam ouvidos, para que outras Anas não sejam atacadas ao reduzir sua velocidade. Para que outras famílias não venham a chorar por buracos no meio do caminho.

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