Sem confrontos eternos
O governador Flávio Dino, mesmo estando essa semana toda de férias, concedeu entrevista ao jornal Folha de S. Pau lo, onde destacou pontos importantes no novo mandato. O principal foi relação com o governo Jair Bolsonaro do qual é opositor declarado. “Nosso desejo é que a relação com o novo governo se dê normalmente como […]
O governador Flávio Dino, mesmo estando essa semana toda de férias, concedeu entrevista ao jornal Folha de S. Pau lo, onde destacou pontos importantes no novo mandato. O principal foi relação com o governo Jair Bolsonaro do qual é opositor declarado. “Nosso desejo é que a relação com o novo governo se dê normalmente como aconteceu com o Michel Temer. Fui oposição a Temer, mas tivemos uma relação institucional absolutamente normal”. Dino justificou sua postura: “Eu não vou renunciar a nenhuma das minhas posições e o presidente não vai renunciar às dele. Mas espero que tenhamos uma re lação em termos respeitosos e não em uma lógica de confrontos eternos”. Ele ante vê um baixo cresci mento econômico do país e dificuldades para os estados. Dino chamou de lógica do conflito eterno a postura de Bolsonaro e seus ministros. “É como se fosse um amor pela guerra”
Ele sabe que terá dificuldades em conseguir repasses voluntários do governo federal, por isso diz não ter planeja do 2019 contando com esses novos recursos. “Não es tá na minha contabilidade, mas se apa re cer [o recurso], ótimo”. Flávio Dino disse esperar que o governo federal faça sua parte, garantindo es ta bi li da de e crescimento da economia. Ocorrendo isso, os estados serão beneficiados. O Maranhão precisa deixar para trás o título de campeão nacional de pobreza. Dino disse ter estranha do Bolsonaro enviar a Força Nacional para enfrentar o banditismo no Ceará, criticando o governador Camilo Santana, por ser do PT. Ele disse não ser a favor de o presidente agir assim, até porque a Força Nacional é mantida pelos estados. E quanto a postura de Bolsonaro de combater o socialismo, chama do por ele de “ideologia nefasta”, Dino afirmou: “Ninguém é obrigado a concordar com a ideologia alheia, mas tem que conviver. A Constituição garante o pluralismo político. Não cabe a nenhum ator político fazer ex purgos e eliminar os diferentes”.