Salve-se quem puder!

Foi dito aqui neste espaço que a Reforma Política atropelaria as reformas da Previdência e a Tributária. E se confirmou anteontem. Por quê? A resposta é simples. A reforma política, ao custo de R$ 3,6 bilhões do erário, tem prazo para se tornar lei, ser promulgada, para valer um ano antes das eleições gerais de […]

Foi dito aqui neste espaço que a Reforma Política atropelaria as reformas da Previdência e a Tributária. E se confirmou anteontem. Por quê? A resposta é simples. A reforma política, ao custo de R$ 3,6 bilhões do erário, tem prazo para se tornar lei, ser promulgada, para valer um ano antes das eleições gerais de 2018, que serão realizadas no dia 7
de outubro. Já a Reforma da Previdência se tornou o maior imbróglio político, jurídico e econômico do governo e da sociedade. Portanto, é mais fácil alterar o modelo do voto e da representação popular do que mexer com a vida de funcionários públicos e trabalhadores do setor privado.

Para a Reforma da Previdência ser justa e equilibrada, tem que atacar as regalias, privilégios, altos salários, aposentadorias integrais e acumulativas das castas encasteladas no serviço público. É o setor responsável pelo maior rombo da Previdência. E, na outra ponta, impedir que os trabalhadores do sistema geral da Previdência
morram sem se aposentar, e, quando conseguirem, possam sobreviver com o mínimo de dignidade.

Trata-se, portanto, da área mais sensível para o governo e o Congresso. É cheia de poderosos lobbies e lobbies dos poderosos. Para se ter uma ideia, em 15 anos, de 2001 a 2015, o déficit acumulado por 1 milhão de aposentadorias no setor público somou R$ 1,3 trilhão, valor três vezes
maior que o rombo de R$ 450 bilhões das 29 milhões aposentadorias
do setor privado. No Executivo, o valor médio da aposentadoria é R$ 9 mil, no Judiciário R$ 25 mil e R$ 28 mil no Legislativo. No setor privado, R$ 1.600 – e cada ano fica menor. Se o governo cobrasse e recebesse os R$ 500 bilhões da sonegação, nem precisava reforma tributária.

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