A oposição, inclusive parte do PT maranhense, está fazendo beicinho para a nova composição do governo Flávio Dino, que incorporou o PP em sua base aliada. O deputado federal André Fufuca, que comanda a legenda, depois de passar para trás o colega de Câmara, Waldir Maranhão, sabe onde está pisando. Um dos mais jovens parlamentares
em Brasília, Fufuca nunca foi tolo, muito menos subalterno a quem quer que seja.

Quando se elegeu em 2010, o estudante de Medicina, com 21 anos, André Luiz de Carvalho Ribeiro era o deputado estadual mais jovem do Brasil. Filho de família tradicional de Pindaré, não foi surpresa o garoto, que nasceu de sete meses, ser eleito, com 25 anos, deputado federal. Logo se alinhou à turma de Eduardo Cunha, mas logo se desvencilhou
dele. Este ano tornou-se 2º vice-presidente da Câmara, chegando a assumir o seu comando quando Michel Temer viajou para a China e Rodrigo Maia assumiu o Planalto.

Filho do prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Fufuca Dantas, o deputado Fufuquinha nunca sequer experimentou ser oposição. Colocou o PP no governo Flávio Dino, sabendo o que vem pela frente em 2018. O deputado Wellington do Curso, do PP, disse que vai continuar fazendo oposição dura a Flávio Dino na Assembleia Legislativa, mas seus colegas
de bloco oposicionista já sentem que ele pode sair nadando contra a maré.

Uma coisa é o PP estar no governo e outra coisa é ter um deputado de oposição ao mesmo governo. Pode acontecer, como existe Roberto Requião e Kátia Abreu, filiados ao PMDB e fazendo oposição a Temer. Porém, o Maranhão não é Brasília, e Assembleia não é o Senado. O governador do PCdoB também não dá murro em ponta de espada. Ele
está construindo sua base com quem tem voto, ampliando o tempo de televisão com o PP e mostrando que o PCdoB não é um monstro devorador de capitalistas. A China está ensinando ao mundo o que é o comunismo contemporâneo.