PTB e PCdoB na raiz do trabalhismo
O PTB, desde sua criação em 1945 (dia 1º de maio), sob inspiração de Getúlio Vargas, seu maior líder e no bojo do Queremismo, movimento popular com o lema “Queremos Getúlio”, chega a 2018, ano de eleição presidencial, 73 anos depois, numa relação meio incestuosa com o PCdoB. No Maranhão, as duas legendas mais antigas […]
O PTB, desde sua criação em 1945 (dia 1º de maio), sob inspiração de Getúlio Vargas, seu maior líder e no bojo do Queremismo, movimento popular com o lema “Queremos Getúlio”, chega a 2018, ano de eleição presidencial, 73 anos depois, numa relação meio incestuosa com o PCdoB. No Maranhão, as duas legendas mais antigas do Brasil vão juntas para a disputa do governo, sem que isso exale odor de
oportunismo ou algo parecido.
PCdoB e PTB têm origem no mesmo ambiente do trabalhismo, embora, ideologicamente, em situações opostas. Quando Getúlio criou o PTB, o Brasil vivia num ambiente político tão tumultuado como o atual, com a classe popular trabalhadora sendo regida por partidos de esquerda, principalmente o Partido Comunista do Brasil (PCB). Vargas queria uma força que servisse de anteparo ao avanço das organizações de esquerda.
Hoje, porém, a história de Brasil é contada por outra visão social, embora com a derrubada de Dilma em 2016 tenham desenterrado práticas que muitos intelectuais e historiadores contavam como coisas do passado distante. Com a desmoralização da política e a criminalização dos políticos, o Judiciário virou o poder que dá a palavra final em tudo. Até nomeação de ministro passa pelo crivo dos
togados em qualquer instância.
E quando o PCdoB se une no Maranhão ao PTB, as duas legendas mostram à sociedade que o ambiente político permite que as duas forças, simbioticamente, convivam, juntas, na defesa das classes operárias, razão da existência de ambas. O grupo Sarney, que perdeu o PTB em sua base tenta, agora, desqualificar a entrada no governo Flávio Dino. Portanto, o deputado federal Pedro Fernandes aproveita para colocar as coisas no seu devido lugar, ao afirmar, com ironia, não ser sarneísta, nem dinista, mas, sim, pedrista.