PT de corpo inteiro?

O mais complicado processo eleitoral de um partido ou qualquer outra organização coletiva do Brasil terminou sábado,no Maranhão, com a simplicidade de uma eleição rotariana. Por aclamação de quatro das cinco chapas, que começaram elegendo presidentes municipais, Augusto Lobato sagrou-se presidente do PT maranhense, depois de 30 anos de militância e três derrotas. Foi o […]

O mais complicado processo eleitoral de um partido ou qualquer outra organização coletiva do Brasil terminou sábado,no Maranhão, com a simplicidade de uma eleição rotariana. Por aclamação de quatro das cinco chapas, que começaram elegendo presidentes municipais, Augusto Lobato sagrou-se presidente do PT maranhense, depois de 30 anos de militância e três derrotas. Foi o coroamento do Congresso
Estadual. “Lula também disputou quatro para ganhar a primeira. Com quatro correntes me apoiando, venci”, comparou ele, em tom de brincadeira, falando a este Bastidores.

Para um partido que viveu mais de 30 anos se digladiando pelo comando regional, agora, o passado virou uma página para esquecer. O deputado Zé Inácio, da corrente Construindo um Noivo Brasil (CNB), que saiu do processo de eleição direta (PED), em abril, com um delegado a mais que Augusto Lobato (97 x 96), acabou isolado pelas demais correntes lideradas por Francimar, Márcio Jardim, Eri Castro e Augusto Lobato. E perdeu. Agora, o vencedor fala de unificação, mesmo reconhecendo que a história do PT é história de divergência dentro e fora de suas hostes.

O governador Flávio Dino e o secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry – dois ex-petistas de raiz –, foram comemorar a vitória de Lobato. Antes de ingressarem no PCdoB, viveram os momentos mais tensos do PT maranhense. Seus embates históricos como Domingos Dutra x Vila Nova, Washington Oliveira x Domingos Dutra, PT de Sarney x Resistência Petista, tudo isso ficou para trás. Mas restam ranhuras que terão de passar por um polimento à base de compreensão do momento político brasileiro. Isso passa pela reconstrução da imagem do PT e da eleição ou não de Lula em 2018.

Em 2010, o PT estava tão dividido sobre a eleição de governador do Maranhão, que foi preciso intervenção do diretório nacional no regional, para obrigá-lo a coligar com Roseana Sarney, dois anos depois de ela cassar Jackson Lago no TSE. Flávio Dino estreou na disputa do governo, mas ficou longe de Roseana. Em 2014, o partido novamente
recebeu recomendação para apoiar Lobão Filho (PMDB), embora a maior parte da militância tenha optado por Flávio Dino. Agora, augusto Lobão não tem dúvida de que o partido vai de corpo inteiro com os comunistas em 2018.

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