Por que essa será uma campanha diferente
Ano de eleição é assim mesmo. Os políticos só falam em candidatura, como chegar ao eleitor e convencê-lo de suas propostas. Mas este ano quase tudo vai ser diferente. A principal mudança é a proibição de doações empresariais aos candidatos. Só pessoa física vai poder doar, mesmo assim não mais do que 20% dos rendimentos […]
Ano de eleição é assim mesmo. Os políticos só falam em candidatura, como chegar ao eleitor e convencê-lo de suas propostas. Mas este ano quase tudo vai ser diferente. A principal mudança é a proibição de doações empresariais aos candidatos. Só pessoa física vai poder doar, mesmo assim não mais do que 20% dos rendimentos declarados à Receita.
E também vale destacar que a duração da campanha ficou menor. A propaganda de TV ganha mais inserções, mas reduz o tamanho dos blocos do horário eleitoral. A nova lei postergou o prazo de registro das candidaturas, de 5 de julho para 15 de agosto. Na prática, isso encurtou o tempo oficial de campanha para pouco mais de 45 dias, ante três meses pela antiga regra.
O tempo de propaganda em rádio e TV também foi reduzido, de 45 para 35 dias. E os blocos do horário gratuito, nas eleições para prefeito, caíram de 30 para 10 minutos em dois blocos. Já a propaganda de vereador em rádio e TV agora será feita apenas nas inserções de 30 a 60 segundos, ao longo da programação.
Leva vantagem quem está no poder, pois já tem a exposição normal, decorrente da atividade que exercer diariamente na cidade. O eleitor pode também sair perdendo, com o tempo de propaganda menor. Ele precisa ficar mais atento para não desperdiçar o que cada candidato tem a lhe dizer. Pior: fazer campanha “liso” vai ser tarefa para craque.