Pobreza desafiadora

No ambiente de crise profunda que a cada mês pulveriza,em todo o país, milhões de postos de trabalho, os políticos perdem força no discurso da pré-campanha. O desemprego é o pior indicador de pobreza e terá sua voz ouvida nas urnas. No Maranhão, vai ser a campanha eleitoral cara a cara com a pobreza. Dados […]

No ambiente de crise profunda que a cada mês pulveriza,em todo o país, milhões de postos de trabalho, os políticos perdem força no discurso da pré-campanha. O desemprego é o pior indicador de pobreza e terá sua voz ouvida nas urnas. No Maranhão, vai ser a campanha eleitoral cara a cara com a pobreza. Dados da última pesquisa do IBGE, em abril, indicavam que o maior índice de pobreza é registrado na Região Nordeste, afetando 43,5% da população.

Cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da população, vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente a R$ 387,07 – ou US$ 5,5 por dia, valor adotado pelo Banco Mundial para definir se uma pessoa é pobre. No Maranhão, nas últimas décadas, esse panorama  só tem piorado. Em 2014, mais de 50% da população maranhense dependia do programa Bolsa Família para sobreviver.

O Maranhão continua sofrendo o peso do histórico baixo investimento em educação. Depois do governo Flávio Dino, ocorreu uma inversão nessa política, com ações conjugadas para construção, reforma e melhoria das escolas estaduais e municipais. Tais investimentos alcançaram desde o programa “Escola Digna” até o ensino superior, com a instalação do Iema e unidades da Uema em vários pontos do Maranhão, bem como valorização salarial dos professores – um dos maiores salários do país.

Outro fator que fomenta a pobreza é a espantosa desigualdade da riqueza. O Maranhão é talvez o pior estado nesse quesito. Além do mais, a taxa de desemprego mais elevada está entre a população parda e negra, o que significa equivalência no grau de instrução. Basta olhar com atenção a clientela das escolas tops de São Luís, onde há um disparate assustador na relação entre alunos brancos e negros. Na escola pública, em qualquer bairro, a situação, flagrantemente, se inverte.

Essa realidade vai ter que passar pelos discursos dos candidatos ao governo do Maranhão, por ser a mais dramática entre tantas mazelas que tornam o grosso da população maranhense vergonhosamente pobre, num estado de formidável potencial de riqueza. Os políticos andam pelo interior, veem a realidade chocante e pelo jeito não se sentem envergonhados pela massacrante desigualdade escravocrata em pleno século 21.

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