Peso-pena de Temer

O noticiário sobre a visita do presidente Michel Temer à Rússia foi uma parada. Começou com gafe e terminou meio capenga, quanto aos resultados concretos de acordos bilaterais. A gafe foi praticada pelo cerimonial do Palácio do Planalto, que chegou a publicar na agenda do presidente a “partida de Brasília para a República Socialista Federativa […]

O noticiário sobre a visita do presidente Michel Temer à Rússia foi uma parada. Começou com gafe e terminou meio capenga, quanto aos resultados concretos de acordos bilaterais. A gafe foi praticada pelo cerimonial do Palácio do Planalto, que chegou a publicar na agenda do presidente a “partida de Brasília para a República Socialista Federativa Soviética da Rússia”, quando o nome oficial do país é Federação da Rússia.Depois corrigiram.

Ao desembarcar em Moscou, terça-feira, para a visita oficial mais importante desde quando assumiu, Temer não foi recebido pelo presidente Vladimir Putin, mas pelo vice- ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov. Como se fosse um vice recebendo um colega. O encontro oficial e esperado, com o líder Putin, só ocorreu ontem – tendo sido elogiado pelo presidente brasileiro.

Porém, o fato que chamou mais atenção sobre a viagem de Temer passou por fora da agenda oficial. A mulher do presidente, Marcela Temer, mesmo sem fazer parte da comitiva, não passou despercebida lá no Leste Europeu. De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, um deputado russo foi flagrado pesquisando fotos da mulher de Temer na internet. “Pelo jeito, era mais esperada que o marido”, comentou Gois.

E para não ficar só nesses detalhes, jornais brasileiros ironizaram a presença de Temer na Rússia, onde Vladimir Putin vive sob pressão de gigantescas manifestações contra sua tentativa de conquistar o quarto mandato consecutivo. Mesmo assim, as intenções de voto a favor dele batem em 74%. Por isso, mil manifestantes foram presos semana passada. Quanto a Michel Temer, a pesquisa divulgada ontem pelo site Poder360 revela que sua popularidade virou margem de erro: apenas 2% consideram seu governo positivo,enquanto 75% o rejeitam.

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