Para onde vão os corruptos após as eleições?
Os números não mentem. São robustos e ao mesmo tempo preocupantes. Levantamento da assessoria do Tribunal de Justiça do Maranhão indica que nos últimos quatro anos um total de 74 prefeitos e ex-prefeitos foram condenados pela corte, todos envolvidos em crimes no exercício do cargo, sendo a quase totalidade por corrupção e desvios de recursos […]
Os números não mentem. São robustos e ao mesmo tempo preocupantes. Levantamento da assessoria do Tribunal de Justiça do Maranhão indica que nos últimos quatro anos um total de 74 prefeitos e ex-prefeitos foram condenados pela corte, todos envolvidos em crimes no exercício do cargo, sendo a quase totalidade por corrupção e desvios de recursos estaduais públicos. Outro tanto de casos corre na Justiça Federal, quando as denúncias pairam sobre a má gestão de dinheiro da União.
Preocupante
É extremamente preocupante que tantos prefeito tenham sido condenados – sem falar em vereadores e secretários. As condenações servem de exemplos para que a população lesada tome a iniciativa de expurgar essa cambada de malfeitores da gestão municipal já a partir deste ano. É provável que essa legião de criminosos seja a maior da história do Maranhão, em tão pouco tempo. Por coincidência, as condenações ocorreram exatamente no ano em que a Justiça Federal mais condenou políticos e empresários corruptos, apanhados na Operação Lava-Jato.
As penas
As penas aplicadas pelo TJ-MA incluem cassação de mandato, bloqueio de repasses estaduais e federais, detenção em regime aberto, convertida em prestação de serviços à comunidade, afastamento, pagamento de multa de cinco vezes o valor da remuneração e a inabilitação ao exercício de cargo ou função pública pelo prazo de cinco anos.
Os crimes
Entre os crimes que levaram os prefeitos e ex-prefeitos à condenação constam atraso ou fraude na prestação de contas, lesão ao erário, desvio de verbas, falsidade ideológica, contratação de servidores sem concurso, fraude em licitações, falta de comprovação de aplicação de recursos do Fundo Municipal de Saúde (FMS), má aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), fragmentação de despesas e dispensa irregular de licitações.
Será?
A pergunta que não quer calar: será que esse time tem condições de voltar ao poder nas eleições de outubro?