Palavra feia
A campanha para o governo do Maranhão entrou no ritmo alucinante. Seis candidatos percorrem o interior, tentando o encontro com as multidões dos tempos dos palanques com showmícios. Mas os palanques sumiram, os shows de músicas populares foram proibidos e as multidões trocaram as praças dos comícios pelas redes sociais.A campanha saiu das ruas e […]
A campanha para o governo do Maranhão entrou no ritmo alucinante. Seis candidatos percorrem o interior, tentando o encontro com as multidões dos tempos dos palanques com showmícios. Mas os palanques sumiram, os shows de músicas populares foram proibidos e as multidões trocaram as praças dos comícios pelas redes sociais.A campanha saiu das ruas e entrou no celular. Até agora o embate empolgante se resume na ofensiva entre Flávio Dino (PCdoB) e sua antecessora Roseana Sarney (MDB).
Dino e Roseana disputam cada um dos 4,5 milhões votos no dia 7 de outubro, sendo 52% de mulheres e 48% de homens. Paralelamente, há uma refrega pelo eleitorado de Luiz Inácio Lula da Silva, que apareceu na pesquisa da Exata/JP com 66% das intenções de voto no Estado, três vezes a preferência por Jair Bolsonaro, com 13%. Flávio Dino recebeu em São Luís o vice de Lula (e substituto), Fernando Haddad, com a mensagem de apoio do ex-presidente à candidatura flavistas. Roseana ficou furiosa.
“Eu duvido que o Lula tenha dito isso”,desacreditando as palavras de Fernando Haddad,que estaria mentindo sobre o apoio de Lula a Dino. Roseana tem associado sua imagem à do ex-presidente,para atrair seus eleitores.Haddad disse ser porta-voz de Lula no apoio a Flávio Dino, tanto na entrevista à imprensa quanto no comício do centro histórico, o maior já realizado em São Luís na presente campanha.“O candidato do Lula é Flávio Dino!”, disse ele.
Ao mesmo tempo em que tenta empurrar a eleição para um eventual segundo turno,brigando pelo apoio do petista preso em Curitiba, Roseana nem de longe toca no nome do presidente da República,Michel Temer, seu velho companheiro de partido, o MDB. Além de ter colaborado para o impeachment de Dilma Rousseff, o ex- senador José
Sarney ainda é figura marcante nos atos oficiais do Palácio do Planalto. Na entrevista a O Imparcial, domingo passado, a socióloga Roseana Sarney repudiou o uso da expressão política “oligarquia”. Ela considera um “insulto ao eleitor, tratar dessa forma as escolhas que ele faz”.