O sarneísmo acabou, diz Adriano Sarney
Por mais que alguns sarneístas recalcitrantes ainda acreditem na possibilidade de reinvenção do grupo que dominou a política maranhense e brasileira por longas cinco décadas, no entanto, num rasgo de franqueza e sinceridade, o deputado estadual Adriano Sarney (PV) não tem nenhuma ilusão de que o feito político do avô é assunto para a história […]
Por mais que alguns sarneístas recalcitrantes ainda acreditem na possibilidade de reinvenção do grupo que dominou a política maranhense e brasileira por longas cinco décadas, no entanto, num rasgo de franqueza e sinceridade, o deputado estadual Adriano Sarney (PV) não tem nenhuma ilusão de que o feito político do avô é assunto para a história e não para pressentimento ou devaneios. “O que se convencionou chamar de oligarquia Sarney ou até dinastia – na visão de quem não conhece o Maranhão – acabou”, disse, a este Bastidores, Adriano, no final da penúltima sessão deste período legislativo.
Só pequenas ilhas
Ele é um dos mais jovens deputados da presente temporada na Assembleia Legislativa do Maranhão e de primeiro mandato. Para Adriano, o que sobrou do grupo Sarney são pequenas ilhas de comando próprio em busca de espaço. Sem esquecer que o PMDB do avô e da tia Roseana também está espedaçado. Adriano cita o próprio PV, liderado na Câmara dos Deputados pelo pai dele, Sarney Filho, como uma dessas “ilhas”.
Deputado firme e forte
O neto do velho oligarca José Sarney se tornou uma das vozes mais ouvidas na tribuna da Alema. Além de detentor de um invejável currículo profissional, com graduações e especializações em universidades americanas e europeias, Adriano tem postura de firmeza e só se dispõe a debater temas, quando o estuda à exaustão. “Quando cheguei aqui, a primeira coisa que me dediquei foi estudar e compreender o Regimento Interno e o esquema de funcionamento da Assembleia”, contou Adriano.
Por mais experiência
Como parte do reduzido grupo de oposição ao governador Flávio Dino, que implodiu o sarneísmo em 2014, o deputado do PV nem pensa ainda em disputar outro mandato. Se o pai resolvesse, eventualmente, aposentar-se da Câmara, aí sim, Adriano tentaria uma vaga. Porém, sua meta é ganhar mais experiência na Alema, onde mantém uma postura respeitosa com os seus pares, inclusive o presidente Humberto Coutinho, que elogia a forma de ele conduzir o parlamento.