O recado de Michel Temer
Ao falar a uma plateia de peemedebistas em Curitiba (PR), o vice-presidente da República, Michel Temer, antecipou, como uma ordem, o que já é assunto recorrente na legenda que ele preside nacionalmente: “O PMDB quer comandar o Brasil a partir de 2018”. A sigla quer se livrar da pecha de muleta dos demais partidos e […]
Ao falar a uma plateia de peemedebistas em Curitiba (PR), o vice-presidente da República, Michel Temer, antecipou, como uma ordem, o que já é assunto recorrente na legenda que ele preside nacionalmente: “O PMDB quer comandar o Brasil a partir de 2018”. A sigla quer se livrar da pecha de muleta dos demais partidos e assumir o papel de protagonistas das eleições presidenciais. “Não pode se tornar apenas um partido que prioriza cargos no governo”, sentenciou.
Endereço certo
O recado de Temer tem endereço certo. Botar nos trilhos a poderosa máquina política que possui nos diretórios regionais e municipais pelo país afora, além de contar com as maiores bancadas no Senado e na Câmara, e com 2,5 milhões de filiados. Mesmo assim, desde sua fundação em 1980, com partido centrista, nunca elegeu um presidente. Sarney foi pela via indireta, como vice de Tancredo Neves. Mas tornou-se o fiel da balança nas decisões políticas do Brasil.
Quem manda no Brasil?
O PMDB é quem manda no Brasil, como o mais forte aliado de Dilma Rousseff. No Maranhão, a situação do PMDB é complicada. O presidente regional, senador João Alberto, disse a este Bastidores que a legenda ainda não discute as eleições de 2018. A prioridade é 2016, com candidatoscompetitivos nos principais municípios do interior.
Em São Luís
Na capital, o vereador Fábio Câmara precisará se viabilizar, pois “tem um bom discurso”. Porém, só será candidato se as futuras pesquisas o colocarem com pelo menos dois dígitos. Caso contrário, o partido buscará aliança, com as portas abertas, inclusive ao PDT do prefeito Edivaldo Júnior. “Por incrível que pareça, nós estamos crescendo no interior. Tem tantos candidatos que estamos em dificuldades para acomodá-los. Como o Flávio Dino não consegue fazer grupo, nós estamos indo fortes, ocupando espaços”, afirma João Alberto, em tom de provocação. Mas ele pondera: “Pode ser que o Dino mude daqui para frente e aí, tudo ficará indefinido, o cenário será outro. Nós estamos de olho”, brinca.