O maior desafio do PT
O Partido dos Trabalhadores passou 2014 enredado no escândalo do mensalão, que, nem bem terminou, foi arrastado novamente, em 2015, para o centro da Operação Lava-Jato, juntamente com vários partidos de sua base de apoio, especialmente o PMDB. Agora, o PT chega ao ano das eleições municipais sem conseguir deslumbrar um horizonte sobre às eleições […]
O Partido dos Trabalhadores passou 2014 enredado no escândalo do mensalão, que, nem bem terminou, foi arrastado novamente, em 2015, para o centro da Operação Lava-Jato, juntamente com vários partidos de sua base de apoio, especialmente o PMDB. Agora, o PT chega ao ano das eleições municipais sem conseguir deslumbrar um horizonte sobre às eleições municipais. Dos 635 prefeitos que a legenda elegeu em 2012, pelo menos 11%, ou 69, já havia debandado até outubro do ano passado, no prazo de troca de partido.
No Maranhão…
No Maranhão, o PT elegeu 11 prefeitos, mas nenhum dos 10 maiores municípios, onde suas alianças se misturaram entre vários partidos, dentre os quais o PMDB, com o qual se aliou nas eleições gerais de 2010 e 2014. Foram dez prefeituras no estado, que o partido de Roseana Sarney elegeu, contra 1.024 no Brasil, quase 20% dos municípios. O quadro de 2012 mostrou que o voto brasileiro está longe de chegar à urna, carregado de sentimento ideológico ou de afirmação partidária.
E as eleições?
As eleições de outubro estão deixando os partidos numa completa sinuca de bico. O PT, por estar no poder central por 13 anos consecutivos, leva para as urnas deste ano todo o desencanto e o ódio dos brasileiros, acuados pela crise econômica e indignados pelos escândalos de corrupção. Eles não param de aumentar seus tentáculos, a cada delação de empresários, doleiros, lobistas e políticos apanhados no esquema da ladroeira. Portanto, o maior desafio do PT é chegar a outubro com Dilma no Planalto e reeleger a mesma quantidade de prefeitos.
Candidatos
Assim, o PT não tem candidato potencial nos principais municípios maranhenses, mas conta com uma moeda fortíssima nas eleições: o tempo de televisão, na campanha que promete ser a mais fascinantes de todos os tempos. Sem dinheiro empresarial, com a metade do tempo de propaganda, tempo menor no horário eleitoral e o ambiente político contaminado pela crise e invadido pelo poder das redes sociais, os partidos e seus candidatos vão ter que reinventar tudo que fizeram até hoje para chegar ao eleitor e convencê-lo.
Será uma eleição histórica.