O cavalo selado para Maia

A presidência da República é um sonho de qualquer mortal e “imortal”, sendo ou não político. Porém, só um pequeno farelo da elite brasileira arrisca sequer um dia sonhar ocupando a cadeira principal do Palácio do Planalto. Existem até alguns que nunca sonharam, mas quebraram paradigmas e conseguiram chegar lá, como os mais recentes a […]

A presidência da República é um sonho de qualquer mortal e “imortal”, sendo ou não político. Porém, só um pequeno farelo da elite brasileira arrisca sequer um dia sonhar ocupando a cadeira principal do Palácio do Planalto. Existem até alguns que nunca sonharam, mas quebraram paradigmas e conseguiram chegar lá, como os mais recentes a ocupar o posto: José Sarney, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Pode se dizer também de Itamar Franco e Michel Temer. Afinal, mesmo sendo da elite paulista, Temer, contudo, não era um ponto fora da curva.
Agora é a vez do deputado Rodrigo Maia. Para se tornar presidente da Câmara, foi preciso o peemedebista Eduardo Cunha praticar uma sequência de crimes que o levaram à cassação, à condenação e à prisão por 15 anos – até agora. E Rodrigo Maia acabou eleito presidente da Câmara, tornando-se o sucessor constitucional do presidente Michel Temer, que conspirou contra Dilma Rousseff para tomar conta de seu mandato.
Com o desdobramento da crise construída, deliberadamente, em 2014, quando o PSDB de Aécio Neves perdeu a eleição presidencial, agora, numa reviravolta diabólica, surge a chance de Rodrigo Maia, do DEM, substituir Temer. O jogo pesou, as estruturas dos poderes estão corroídas e Maia já vislumbra, de fato, a imagem meio mitológica do cavalo selado passando à porta de seu gabinete. Como diz a lenda política que “cavalo selado não passa duas vezes na mesma porta”, Maia está pronto para encarapitar nele. É a síntese do pensamento oportunista: “Nunca perca a chance”.

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