Novo comando da PF

O que era apenas rumores sobre a troca do comando da Polícia Federal acabou se confirmando ontem. O presidente Michel Temer oficializou a indicação do delegado Fernando Segóvia, ex-superintendente da PF no Maranhão, como substituto do atual diretor-geral Leandro Daiello, que estava à frente do órgão desde 2011, nomeado por Dilma Rousseff. A nomeação do […]

O que era apenas rumores sobre a troca do comando da Polícia Federal acabou se confirmando ontem. O presidente Michel Temer oficializou a indicação do delegado Fernando Segóvia, ex-superintendente da PF no Maranhão, como substituto do atual diretor-geral Leandro Daiello, que estava à frente do órgão desde 2011, nomeado por Dilma Rousseff.

A nomeação do novo diretor-geral da PF já era negociado desde maio, quando o ministro da Justiça, Torquato Jardim, assumiu a pasta. Mas Temer preferiu cozinhar o galo, pois a mudança tem tudo a ver com as operações em curso, principalmente da Lava-Jato. O próprio Daiello resolveu colocar o cargo à disposição, alegando estar cansado, como responsável pelas principais investigações de combate à corrupção.

“Vazou” para a imprensa que o xerife das operações barulhentas, que tornaram a PF um dos órgãos públicos mais admirados do país, estaria disposto a pedir aposentadoria. Até no cinema, a PF esbanjou aprovação, com o filme Polícia Federal – A lei é para todos, inspirado em
fatos reais sobre a Operação Lava-Jato, a série de investigações
sobre a corrupção no Brasil, desde o início do processo até a condução coercitiva do ex-presidente Lula. Marcelo Serrado interpreta o juiz Sérgio Moro.

Como é sabido, a pressão do PMDB sobre o ministro Torquato Jardim para trocar o comando da PF se intensificou desde a deflagração da Operação Tesouro Perdido, no dia 5 de setembro, que descobriu um bunker em Salvador com R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Além disso, o Palácio do Planalto também não escondeu a irritação com o “vazamento” de um relatório da Polícia Federal sobre o chamado “quadrilhão do PMDB”, que embasou a segunda denúncia contra Michel Temer enterrada em votação na Câmara Federal.

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