Nas garras do “Leão”

Como o governo nunca gostou de cobrar imposto dos milionários, preferindo atochar a classe média e os trabalhadores, a dívida da sonegação chegou a R$ 500 bilhões, perto da metade do orçamento geral da União em 2018 (R$ 1,1 trilhão). Com a metade dessa dinheirama, a crise seria enfrentada de outra forma. Como cobrar tanto […]

Como o governo nunca gostou de cobrar imposto dos milionários,
preferindo atochar a classe média e os trabalhadores, a dívida da sonegação chegou a R$ 500 bilhões, perto da metade do orçamento geral da União em 2018 (R$ 1,1 trilhão). Com a metade dessa dinheirama, a crise seria enfrentada de outra forma. Como cobrar tanto dinheiro de ricos nunca foi fácil, agora, o governo Michel Temer, que acabou de aumentar impostos sobre os combustíveis, para arrecadar míseros R$ 10 bilhões, já colocou na chocadeira aumento da alíquota
do Imposto de Renda.

Está provado que é mais fácil aumentar impostos do que cobrar dívidas. Os pequenos devedores de impostos de renda, pessoa física, têm a vida infernizada com o famigerado “Leão” da Receita Federal no encalço de cada um. Mas com bancos, grandes corporações empresariais que têm lobistas no Congresso e no governo, o tratamento é vip. Os Refis, por exemplo, são verdadeiras anistias para grandes sonegadores, além dos esquemas de corrupção até dentro do COAF, órgão criado no governo
FHC, onde se verificou inacreditável desaparecimento de processo de grandes empresas, como se fosse uma pegadinha.

Equipe econômica do governo Temer avalia tirar da gaveta projetos de aumentos de impostos a fim de reforçar o cofre do Tesouro. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nem confirma, nem nega. Mas a jogada maldosa está na fornalha, sendo burilada. Nada já não se torna tão espantoso nesse país de esculhambação financeira. A alíquota “camarada” seria até 35% para as pessoas físicas em 2018, o que levaria
1% dos mais ricos a sentir as garras do “leão” enfiadas no cangote – exatamente os apoiadores de Temer.

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