Mudança? Como assim?

Independentemente do modelo eleitoral a ser adotado em 2018, está provado que a reforma política não será possível colocá-la em votação, qualquer que seja a correria, e transformá- la em lei até o dia 7 de outubro próximo. Portanto, o mais provável é que o Congresso invente uma minirreforma eleitoral e não reforma política. Será […]

Independentemente do modelo eleitoral a ser adotado em 2018, está provado que a reforma política não será possível colocá-la em votação, qualquer que seja a correria, e transformá- la em lei até o dia 7 de outubro próximo. Portanto, o mais provável é que o Congresso invente uma minirreforma eleitoral e não reforma política. Será modelada à ganância de poder dos endinheirados e dos partidos grandes. Até a
sub-representação das legendas nanicas poderá se tornar minúscula se, por acaso, for aprovado o voto do distritão.

O sistema atual, que já elege deputados federais por um processo em que o voto deles acaba sendo meio majoritário, mesmo assim, sofreria forte revés. Atualmente são eleitos só os federais que têm muito dinheiro, meios de comunicação, são bem conhecidos, têm relações com oligarquias municipais e estaduais, com igrejas, segmentos empresariais ou profissionais. Fora disso, é quase impossível romper a grade de proteção. Se em 2014, por exemplo, tivesse sido aplicado
o distritão, o PMDB teria uma maioria ainda mais expressiva na Câmara, passando de 15 para 24 parlamentares, enquanto o PSOL seria reduzido dos cinco atuais para apenas um.

No distritão, as assembleias legislativas e câmaras municipais são mais afetadas do que a Câmara dos Deputados em Brasília. É o que revela simulação feita pela Folha de S. Paulo, na edição de ontem. No Maranhão, se fosse pelo distritão, teria mudado apenas sete deputados
e não os 22 que estrearam, dentre os 42 que compõem a Assembleia Legislativa. Desse total, aproximadamente, 28 saíram de partidos coligados ou próximos do PCdoB de Flávio Dino. Já no Paraná, um partido inexpressivo como o PSC, que elegeu a maior bancada, com 12 deputados, ficaria com apenas meia dúzia na Assembleia Estadual.

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