Maranhão, o oásis do Nordeste? Não mais…
O Maranhão não é mais o oásis do Nordeste. Seus rios estão mais rasos, os brejos vêm secando e riachos desaparecendo. Tudo numa sequência assustadora. Para completar o quadro desolador, o Maranhão foi o terceiro estado em focos de queimadas em 2015, ficando atrás apenas do Pará e Mato Grosso. Queimadas Dados do Instituto Nacional […]
O Maranhão não é mais o oásis do Nordeste. Seus rios estão mais rasos, os brejos vêm secando e riachos desaparecendo. Tudo numa sequência assustadora. Para completar o quadro desolador, o Maranhão foi o terceiro estado em focos de queimadas em 2015, ficando atrás apenas do Pará e Mato Grosso.
Queimadas
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que o Brasil teve, no ano passado, um aumento de 27,5% no número de queimadas. Foram detectados por satélites 235 mil pontos de calor, ante 184 mil de 2014. Trata-se do segundo pior ano de toda a série histórica, iniciada em 1999.
Estado de emergência
O Maranhão, com 30.066 focos de queimadas, deixa a situação das lavouras de soja, no sul, em situação grave, enquanto em outros pontos já deveria ser decretado estado de emergência, como a Baixada. As poucas chuvas que caíram nas plantações do sul foram insuficientes para garantir a safra.
Plantio de soja
Diante desse cenário de altas temperaturas, os produtores rurais, os presidentes de sindicatos rurais e o secretário de Agricultura e Pecuária do estado, Márcio José Honaiser, se reuniram no último dia 30 de dezembro para debater o assunto. As lideranças do setor produtivo rural decidiram protocolar um pedido de prorrogação da janela de plantio da soja junto ao Ministério da Agricultura. A medida deverá ser posta em prática já nesta semana.
A pior seca
O Maranhão enfrenta uma das piores secas dos últimos anos. Em algumas localidades não chove há meses. No sul maranhense, dos 600 mil hectares previstos para o cultivo do grão, apenas 40% da área foi semeada até o momento, mesmo assim, as plantações continuam morrendo. No Maranhão, só tem chovido nos programas de televisão que falam de meteorologia. Mas, na realidade, até o rebanho já vem morrendo em quase todas as regiões por falta de pastagem e de água.