Já se falou tudo de bem e de mal do Porto do Itaqui. E quebrou a cara quem não reconheceu sua importância. Hoje, administrado pela Emap, o sistema portuário do Itaqui está criando um novo estágio de desenvolvimento, com operação, qualidade, desenvolvimento de pessoas e oportunidade de negócios. É pena que o empresariado brasileiro não tenha despertado para as condições estratégicas do Itaqui para qualquer negócio. Até os chineses “descobriram” o porto e
acertam a instalação de uma siderúrgica na área de Bacabeira.

Investimentos estaduais em infraestrutura, segurança e modernização fizeram o Itaqui driblar a crise e criar condições para garantir a movimentação de cinco milhões de toneladas de soja no acumulado deste ano. Um novo recorde que chama a atenção não só no Brasil como no mundo.Além da supersafra de grãos registrada no Maranhão em 2017, o aumento da influência regional do Porto do Itaqui e os investimentos ajudam a explicar o desempenho de um dos portos mais profundos e estratégicos do mundo.

Além da profundidade, atrás apenas do Porto de Roterdam (Holanda), as conexões importantes com a BR-135, ferrovias, como a de Carajás, que se interliga com a Norte-Sul e Transnordestina, fazem do Itaqui um corredor importante para o Centro-Oeste do Brasil. São mais de 20 milhões de hectares de hinterlândia (área economicamente servida pelo porto), 2.550 km de ferrovias, 55 quilômetros de rodovias estaduais e
federais a partir da BR-135. Sem falar na região do Matopiba, formada pelos estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a terceira e última fronteira agrícola do país e a que cresce bem acima da média nacional.

Mesmo com a quebra de safra em 2016, o Porto do Itaqui fechou o ano com 16,9 milhões de toneladas de cargas operadas, lucro líquido de R$ 43 milhões e movimentação de R$ 21 bilhões na economia. Em 2017, começou a temporada de investimentos no Porto do Itaqui, com R$ 38 milhões, entre recursos próprios e privados em infraestrutura, segurança e ampliação. A Emap está retirando da crise as lições para sobreviver e dar a volta por cima.