Esquerda unida?

Já faz tempo que o governador Flávio Dino vem manifestando o desejo de ver a esquerda brasileira navegando num mesmo cruzeiro singrando o mar revolto da crise política,institucional e econômica de 2018.A proposta,aliás,não é apenas de Flávio Dino.Ela permeia boa parte da política brasileira que se movimenta no ambiente esquerdista. Por exemplo,em julho de 2017,o […]

Já faz tempo que o governador Flávio Dino vem manifestando o desejo de ver a esquerda brasileira navegando num mesmo cruzeiro singrando o mar revolto da crise política,institucional e econômica de 2018.A proposta,aliás,não é apenas de Flávio Dino.Ela permeia boa parte da política brasileira que se movimenta no ambiente esquerdista. Por exemplo,em julho de 2017,o Instituto Datafolha pesquisou um tema atual.Separou o eleitorado de acordo com seu posicionamento em
relação a questões que envolviam valores sociais,políticos,culturais
e econômicos.O resultado foi surpreendente.Encontrou os brasileiros quase que igualmente entre esquerda e direita.

O que foi revelado pelo levantamento? A direita — considerando tanto a direita como a centro-direita — abrangia 40% da população brasileira. Já a esquerda — considerando tanto a esquerda como a centro-esquerda — abrangia 41%,e o centro era a posição ideológica de 20% do eleitorado.No Maranhão,essa questão de ideologia tem parâmetros singulares.Hoje,em ano de eleição,o que está dominando a cena política é a divisão maniqueísta entre Flávio Dino,da esquerda,que, porém, aglutina em torno de si até direitas;e Sarneísmo,que também arrebanha parte do PT,o centro e a direita.Só não pega esquerdista, de fato.

A mistura,como não tem cor,acaba ficando uma massa descolorada ideologicamente nos dois segmentos. Mesmo assim,como a esquerda padece hoje de uma liderança nacional com esse perfil,o governador Flávio Dino tem se projetado no ambiente deserdado, depois da prisão de Lula e o PT ter sido destroçado pelo conservadorismo midiático, de mãos dadas com o Judiciário e o Ministério Público elitistas.Quase de pensamento único.Agora,Flávio Dino defende a união das esquerdas em torno da figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, encarcerado e,portanto, praticamente impedido de disputar as eleições de outubro.

A proposta da unificação, na realidade, passa à distância dos fatos. Dentro do próprio PT se movimentam várias correntes que só se unificam sob a liderança de Lula.Mas, quando descamba para outras possibilidades,o caldeirão tolda.No Maranhão,a CNB,quase a metade da massa petista, quer ver Flávio Dino pelas costas e trabalha abertamente em favor de Roseana Sarney (MDB), que ainda sonha em tirar o PT da coligação de Dino e sedimentá-lo na sua.Para o governador do PCdoB, “sem Lula,a eleição se torna uma corrida franca,em que todos ficam no mesmo patamar”.

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