Eles não se emendam

Não é pouco o montante de R$ 160 milhões de dinheiro federal no setor de saúde, de educação ou se fosse, também, em segurança pública. Melhor ainda num estado como o Maranhão, nos dias de hoje. Essa dinheirama é resultado de emendas de bancada destinadas aos municípios do Maranhão, conforme acordo firmado com a Federação […]

Não é pouco o montante de R$ 160 milhões de dinheiro federal no setor de saúde, de educação ou se fosse, também, em segurança pública. Melhor ainda num estado como o Maranhão, nos dias de hoje. Essa dinheirama é resultado de emendas de bancada destinadas aos municípios do Maranhão, conforme acordo firmado com a Federação que congrega os prefeitos (Famem). No entanto, como no Maranhão a mesquinharia política entre apoiadores de Flávio Dino e os sarneístas
virou uma guerra, o dinheiro pode até voltar ao Tesouro Nacional por falta de aplicação. É essa briga infeliz que faz a pobreza do Maranhão se tornar inabalável e incontornável.

A crise está formada. Os senadores João Alberto, Edison Lobão, do PMDB, e o tucano Roberto Rocha deram para trás no acordo de passar o dinheiro para os municípios, mediante acordo com a Famem. Os senadores e os deputados Ildo Rocha, João Marcelo e Sarney Filho dizem não confiar no governo Flávio Dino que, por sua vez, tirou o corpo fora. Disse que a discussão é com os municípios e não passa pelo Palácio dos Leões. Seu programa de saúde independe de emendas
parlamentares. Está provado, portanto, que nem com as emendas orçamentárias, os parlamentares não se emendam.

Já os deputados José Reinaldo (PSB) e André Fufuca (PP) reagiram em favor do acordo em prol do Maranhão e não à volta da politicalha. José Reinaldo disse ontem, em seu artigo semanal no Jornal Pequeno, que a velha política está de volta. E está mesmo, praticada por quem despreza os problemas sérios do Estado. Principalmente, com o dinheiro do orçamento federal de 2018, ano eleitoral em que o presidente Michel Temer está mostrando como age na Câmara para se salvar, mesmo sendo a liberação impositiva.

Os senadores destinam metade do dinheiro para aplicar em obras em seus redutos. E é para isso mesmo que servem as emendas. Mas são os prefeitos que pretendem dizer onde aplicar os recursos. São eles que estão com a mão na massa. Mas a guerra é pelo governo e pelos mandatos de deputados e senadores. E o dinheiro das emendas são alavancadores de votos, pelo sistema velho e carcomido. Acham que, se Flávio Dino aplicar a verba, o fará em seu benefício e não no deles. Custa todos sentarem à mesa de decidir o que fazer em nome do povo, que não é bobo?

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