E agora, Michel?

A queda de Pedro Parente da Presidência da Petrobras mostrou que o presidente Michel Temer e seus aliados políticos,principalmente o PSDB,dono do cargo,perderam a paciência com a condução dele à frente da maior e mais conhecida no mundo empresa brasileira.A crise provocada pela greve dos caminhoneiros contra a política desastrosa de Pedro Parente fez Michel […]

A queda de Pedro Parente da Presidência da Petrobras mostrou que o presidente Michel Temer e seus aliados políticos,principalmente o PSDB,dono do cargo,perderam a paciência com a condução dele à frente da maior e mais conhecida no mundo empresa brasileira.A crise provocada pela greve dos caminhoneiros contra a política desastrosa
de Pedro Parente fez Michel Temer perder defensores no Congresso nos governos da base aliada,no meio empresarial e principalmente o “mercado”.

Os governadores que, com raras exceções, sempre mostraram
otimismo com a política do governo Temer, perderam a confiança depois da eclosão do movimento dos caminhoneiros.E foi exatamente aí que toda a política econômica de Michel Temer foi escancarada. O Pibão projetado, ufanisticamente,de 3,5%, agora encolheu e virou Pibinho de 1,6% em 2018. Em ano eleitoral, a política de preços da Petrobras é desastrosa para qualquer governo. E Temer até chegou a sonhar na disputa por um mandato inteiro, mas depois caiu na real e desistiu.

O partido de Temer, o MDB, tem atualmente cinco governadores. De todos eles, o único a sair em defesa da atuação dele na crise dos caminhoneiros foi Luiz Fernando Pezão,do Rio, que não será candidato em outubro. E também foi o Estado que mais recebeu a mão bondosa do Planalto, inclusive a intervenção do Exército no setor mais complicado de sua gestão: a Segurança Pública. Os outros quatro criticaram de forma direta ou parcial a reação federal à greve.

O governador de Alagoas, Renan Filho, tem adotado postura oposicionista em relação a Temer, em alinhamento com seu pai, o senador Renan Calheiros. Ele e o maranhense Flávio Dino chegam a liderar o “consórcio” de governadores nordestinos, toda as vezes que recorrem ao governo federal com reivindicações. Flávio Dino, do PCdoB, é o governador mais crítico de Temer por razões diversas, mas, principalmente pela questão política local, onde tem como maior adversária Roseana Sarney e a oligarquia comandada por seu pai, “conselheiro informal” de Temer e que, agora, na greve, estrategicamente sumiu do cenário brasiliense.

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