Cenários confusos

Diante do desenho da reforma política já rabiscado para se tornar uma proposta de emenda constitucional que atenda ao interesse das lideranças do Congresso e ao mesmo tempo apague as regras atuais, propícias às deformações  do sistema eleitoral, os partidos já montam suas estratégias, olhando algumas variáveis que levarão às eleições de 2018. O que […]

Diante do desenho da reforma política já rabiscado para se tornar uma proposta de emenda constitucional que atenda ao interesse das lideranças do Congresso e ao mesmo tempo apague as regras atuais, propícias às deformações  do sistema eleitoral, os partidos já montam suas estratégias, olhando algumas variáveis que levarão às eleições de
2018. O que pode mudar e como mudar é o maior desafio dos deputados e senadores, grande parte encalacrados nas denúncias de corrupção da Lava-Jato – quase tudo tendo como fonte da má conduta o dinheiro de campanha “emprestado” por empresas.

No Maranhão, o cenário não é diferente do restante do país. A diferença são as desigualdades sociais. Mas os preparativos das campanhas marcham, desengonçados, em cima do modelo vigente. Não muito diferente de 2014, quando Flávio Dino, em sua segunda tentativa de chegar ao Palácio dos Leões, deu um “passeio” pelas urnas de todo o estado, puxando uma coligação de nove partidos, sendo o maior deles o PSDB. O próprio PCdoB era nanico, mas desmontou o grupo Sarney, no enfrentamento contra o candidato Lobão Filho (PMDB), arrastando 17 partidos, inclusive o PT.

Foi aquela a primeira vez em quase 50 anos que o sarneísmo sofreu tamanha corrosão eleitoral. Mas isso é passado. O que interessa hoje é o palco de 2018, para uma plateia talvez muito mais seletiva e consciente politicamente do que quatro anos atrás. O ‘comunista’ que não implantou comunismo algum no Maranhão terá como novidade em
seu palanque a adesão oficial do PT e talvez sustente também o PSDB na chapa. Seria uma autêntica desambiguação.

A reforma política anunciada, com lista fechada ou aberta, afetará em quase nada a eleição de governador. Mas desmontará a majoritária, talvez apenas com a extinção da figura do vice e dos partidos nanicos, asfixiados na cláusula de barreira. Na parte financeira, porém, o bicho pega para todas as disputas. Será a primeira eleição geral sem dinheiro
de empresas. Nem a experiência de 2016 serviu para o projeto de reforma. Se ocorrer no Maranhão novo embate de Flávio contra Roseana Sarney, tudo que se disser agora não passa de especulação. Principalmente se Lula e Alckmin forem à guerra com as respectivas legendas no palanque de Flávio Dino.

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