Calma, após arranca-rabo

Depois de um início de semana de confronto, baixaria e agressões pessoais e familiares na tribuna da Assembleia Legislativa, entre os deputados Adriano Sarney (PV) e o líder do governo Rogério Cafeteira (PSB), ontem o clima foi serenado. Ambos voltaram à tribuna para fazer “mea desculpas”. O ocorrido é apenas uma amostra da fonte da […]

Depois de um início de semana de confronto, baixaria e agressões pessoais e familiares na tribuna da Assembleia Legislativa, entre os deputados Adriano Sarney (PV) e o líder do governo Rogério Cafeteira (PSB), ontem o clima foi serenado. Ambos voltaram à tribuna para fazer “mea desculpas”. O ocorrido é apenas uma amostra da fonte da tensão: a campanha eleitoral, que carrega em si ingredientes para tudo que é tipo de sujeira, inclusive extemporâneos ataques à honra e à dignidade.

Os dois deputados se estranharam no calor do debate sobre suposto déficit de R$ 1 bilhão nas contas do governo, que Adriano Sarney tem propalado, alimentando ampla repercussão nas mídias de sua família, porém, contestado pelo líder Rogério Cafeteira,chamado de analfabeto por Adriano. Ele citou o caso da Operação Gran Ville da época de Epitácio Cafeteira no governo – tio de Rogério. Aí a baixaria tomou conta dos discursos. Rogério lembrou o indigesto caso do morto-vivo Reis Pacheco, na campanha de Roseana em 1994, e chamou os Sarney de “quadrilha”. Adriano desceu correndo da tribuna rumo a Rogério,sendo
impedido de agredi-lo por Andrea Murad.

Ontem, Adriano, já calmo, defendeu debate produtivo em prol do Maranhão, deixando, à parte, as baixarias pessoais e questões familiares. Disse que há três anos ouve questões sobre sua família, empresas, até chegar o momento em que “o corpo começa a virar, a entornar” e ele não aguentar mais. Rogério Cafeteira também foi à tribuna pedir desculpas “a todos que tiveram o desprazer de ver aquela discussão”. Acrescentou que não é o tipo de discussão que se espera dentro de um Parlamento. E que “jamais” faltou com respeito à família de Adriano Sarney. E conclamou a todos para o debate de alto nível.

Depois de ouvir as duas manifestações, em tom conciliador, o presidente da Casa, Othelino Neto, elogiou a atitude dos parlamentares e explicou que a democracia permite qualquer tipo de debate, desde que não extrapole para o terreno da baixaria, que só enxovalha a imagem do parlamento como um todo. Pediu parcimônia nas discussões e controle nas emoções, que Adriano disse ter perdido, ao ficar possesso.

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