Aturdidos!

A semana começou quente no âmbito da Justiça Eleitoral, que tenta acompanhar o ritmo da enxurrada de processos de impugnações de candidaturas e sobre outras vertentes. Mas o que realmente está deixando os brasileiros aturdidos é a eleição presidencial. Afinal, tem o peso em si por ser do tamanho do Brasil e pelo fato de […]

A semana começou quente no âmbito da Justiça Eleitoral, que tenta acompanhar o ritmo da enxurrada de processos de impugnações de candidaturas e sobre outras vertentes. Mas o que realmente está deixando os brasileiros aturdidos é a eleição presidencial. Afinal, tem o peso em si por ser do tamanho do Brasil e pelo fato de o Brasil atravessar a pior crise contemporânea. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou na dianteira da primeira rodada de pesquisas realizadas após o registro das candidaturas e o pais não sabe até quando o imbróglio vai continuar.

Na segunda-feira saiu a primeira pesquisa CNT/MDA, em que Lula aparece na frente, com 37,3% das intenções de voto. Jair Bolsonaro (PSL), com 18,8%, uma fraçãozinha para alcançar a metade do “concorrente” do PT. Concorrente entre aspas, porque Lula está preso e impedido pela Justiça Federal de fazer campanha e participar de debates. E dando sequência à rodada de pesquisas, na terça, o Ibope coloca Lula com 38% e Bolsonaro, 18%. A diferença é que Lula está preso e Bolsonaro solto e explorando a situação, com ajuda da legião de seguidores da direita, nas redes sociais.

Os revoltados com Lula e seu PT tentaram desacreditar a pesquisa da CNT/MDA, dizendo que era “paga”, para projetá- lo acima de sua posição anterior e sensibilizar os ministros do STF sobre o desfecho da candidatura. Porém, com a confirmação do Ibope, eles botaram a viola no saco. Já ontem de manhã, a Rede Globo divulgou a terceira pesquisa após o início da campanha, realizada pelo Datafolha. Lula pulou mais alto – para 39%, contra 19% de Bolsonaro. Agora, a incredulidade
sobre a posição do petista virou preocupação para uns e comemoração para seus partidários e apoiadores.

Se a nata da política, do empresariado, dos trabalhadores, do Judiciário e de instituições internacionais, como o Comitê da ONU para Direito Humanos, se postam no meio dessa discussão inédita na história do Brasil – um candidato presidencial preso e liderando todas as pesquisas –, como fica o eleitor dos grotões da pobreza maranhense? Aquele que nunca ouviu falar em hermenêutica, domínio do fato, inelegibilidade
e candidato preso e fora da campanha e provavelmente fora da urna eletrônica? Estará, sim, aturdido e desconfiado.

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