Anos dolorosos

Nos Estados Unidos da América, que o atual governo brasileiro tem como exemplo de política e administração, a dívida pública ultrapassou em outubro a marca sem precedentes de 21,5 trilhões de dólares (R$ 84,5 trilhões). A dívida pública federal do Brasil, que inclui os débitos do governo dentro do Brasil e no exterior, recuou 0,14% […]

Nos Estados Unidos da América, que o atual governo brasileiro tem como exemplo de política e administração, a dívida pública ultrapassou em outubro a marca sem precedentes de 21,5 trilhões de dólares (R$ 84,5 trilhões). A dívida pública federal do Brasil, que inclui os débitos do governo dentro do Brasil e no exterior, recuou 0,14% em julho, para R$ 3,748 trilhões, com dados da Secretaria do Tesouro Nacional em agosto de 2018. Em junho, o valor somava R$ 3,754 trilhões.

O governo Jair Bolsonaro prometeu zerar a dívida pública no primeiro ano. Michel Temer também tentou. Fez aprovar a PEC dos gastos púbicos que congelou o investimento por 20 anos. Já a equipe do ministro da Economia Paulo Guedes quer cortar mais de R$ 266 bilhões das contas públicas até 2022. O impacto dessas medidas vai repercutir na vida de cada cidadão, já penalizado pelos serviços públicos mal distribuídos, pelo desemprego e pelos baixos salários – com suas perversas desigualdades.

Os economistas do governo dizem que a economia encontra-se fortemente desorganizada – antes e depois da derrubada de Dilma Rousseff, em 2016, quando o Congresso tornou uma rotina a votação de pautas-bomba com Eduardo Cunha na Câmara. O país entrou em uma espiral de déficits públicos. Os estados mais importantes do país passaram a sofrer as consequências, com a falência do Rio de janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e vários outros.

Hoje, nenhum economista responsável faz projeção de crescimento da economia brasileira acima de 2%, diante das frustrações que vêm se repetindo nos últimos anos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Matéria do jornal O Globo de ontem, destaca que “a equipe de Paulo Guedes estuda adotar ao menos três medidas sugeridas por Michel Temer”, que agradam a Bolsonaro.

Elas terão efeito no caixa do Tesouro, no bolso do trabalhador e na vida de cada brasileiro: Reforma da Previdência e salários do funcionalismo público engessado. O impacto seria de R$ 96,5 bilhões em três anos. Restrição a pagamento de abono salarial, com impacto de R$ 43 bilhões no período; e a fixação de uma nova regra para reajuste do salário mínimo, que contemple apenas a correção pela inflação. A economia prevista com a medida é de R$ 68,7 bilhões. O resto virá na esteira de todas as medidas juntas, com privatizações e corte nos serviços públicos, redução do Estado e cortes em despesas. Quer mais? Espere.

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