A semana de Fufuca
A prova de fogo de André Fufuca (PP) é votar a reforma política por toda esta semana, durante a sua interinidade na presidência da Câmara dos Deputados. Deputado de primeiro mandato, ele já presidiu a Comissão de Saúde da Câmara, era queridinho de Eduardo Cunha quando presidida a Casa e hoje é o 2ª vice-presidente. […]
A prova de fogo de André Fufuca (PP) é votar a reforma política por toda esta semana, durante a sua interinidade na presidência da Câmara dos Deputados. Deputado de primeiro mandato, ele já presidiu a Comissão de Saúde da Câmara, era queridinho de Eduardo Cunha quando presidida a Casa e hoje é o 2ª vice-presidente. Nessa posição, Fufuca
chegou ao comando da Câmara no burburinho da reforma política. Ele substitui Rodrigo Maia, que substitui Michel Temer no Palácio do Planalto. O 1º vice também viajou.
Por isso, a reforma política é o maior desafio de Fufuca. A espinha dorsal da reforma se resume em dois pontos que não conseguem consenso no plenário. A análise da PEC 77/03, que acaba com as eleições proporcionais e cria o sistema majoritário para eleger deputados federais, estaduais e vereadores. Já a PEC 282/2016, dá fim às coligações partidárias e a instauração de uma cláusula de desempenho para os partidos, a chamada cláusula de barreira, que mata por inanição, sem dó nem compaixão, as siglas nanicas de aluguel.
Ontem, após a primeira reunião como presidente da Câmara, Fufuca disse que tentará colocar hoje em votação a PEC 282. Ao mesmo tempo, ele se desdobra na busca de consenso sobre a PEC 77. Porém, nem a PEC das coligações há acordo, por mexer com as eleições de 2018 e, consequentemente, com a vida dos atuais deputados. Como são necessários pelo menos 308 votos em plenário, em dois turnos, não é fácil a missão de Fufuca.