A reforma da previdência e seus entraves

Quando o recesso do Judiciário e do Legislativo acabar, a presidente Dilma Rousseff não vai ter folga para curtir netinhos gaúchos. O que ela vai mesmo precisar é de chimarrão para acalmar as tensões. A proposta de reformar a Previdência que terá como eixo central esticar a idade mínima de aposentadoria, já encrespa as principais […]

Quando o recesso do Judiciário e do Legislativo acabar, a presidente Dilma Rousseff não vai ter folga para curtir netinhos gaúchos. O que ela vai mesmo precisar é de chimarrão para acalmar as tensões. A proposta de reformar a Previdência que terá como eixo central esticar a idade mínima de aposentadoria, já encrespa as principais entidades sindicais e sociais do país, como CUT, MST e MTST.

Falta de diálogo
Com a reforma, quem chegar aos 60 é ainda “garoto(a)”. A CUT, historicamente ligada ao PT e ao governo central, hoje dirigida por Vagner Freitas, criticou a “falta de diálogo” da presidente e considerou como “inaceitável” o aumento da idade mínima para aposentadoria.

Trabalhador
Segundo Wagner, a proposta prejudica quem ingressa cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. E endurece o discurso: “Mais uma vez o governo se equivoca ao anunciar mudanças que interferem no cotidiano da classe trabalhadora, sem dialogar e ouvir as propostas de quem a representa”.

A nova regra
A nova regra da idade mínima se resume no seguinte. Atualmente, a condição, determinada pela reforma, é 48 anos para mulheres e de 52 para homens, além de tempo mínimo de contribuição de 30 e 35 anos, respectivamente. Durante encontro com jornalistas, esta semana, Dilma Rousseff disse que o tema terá de ser “encarado” sob pena de a Previdência Social se inviabilizar no futuro, dado o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, hoje em 75,2 anos.

Polêmica
Aí fica complicado. Se o sujeito come melhor, vive melhor, ama melhor e aumenta a expectativa de vida, o governo acompanha, retardando a sua aposentadoria. Foi assim com a polêmica da PEC da Bengala para o Judiciário, que acabou extrapolando, arrastando todos os servidores públicos para o mesmo patamar: pijama da aposentadoria só aos 75 anos. O Brasil virou, assim, de um dia para outro, o país dos “embengalados” no serviço público. Com a reforma, triplica a legião com os milhões da iniciativa privada.

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