A Normandia de Temer
O PMDB desembarcou do governo Dilma. Foi um projeto elaborado pelas forças de oposição, que pretendem chegar ao poder por um atalho via impeachment no Congresso ou por cassação, via Tribunal Superior Eleitoral. O enredo pareceu ao da Operação Overlord, que detonou o desembarque da Normandia, até hoje a maior invasão marítima da história, ocorrida […]
O PMDB desembarcou do governo Dilma. Foi um projeto elaborado pelas forças de oposição, que pretendem chegar ao poder por um atalho via impeachment no Congresso ou por cassação, via Tribunal Superior Eleitoral. O enredo pareceu ao da Operação Overlord, que detonou o desembarque da Normandia, até hoje a maior invasão marítima da história, ocorrida na Segunda Guerra Mundial.
Assim como no PMDB
Aquele evento, que movimentou três milhões de soldados das forças aliadas que cruzaram o Canal da Mancha, em 1944, com destino à Normandia, na França ocupada pelas forças da União Soviética, continua até hoje gerando debate e controvérsia. Foi assim, também, que o PMDB e seus aliados, que sugaram durante 14 anos o governo do PT, decidiram o desembarque que deveria ser seguido por vários outros partidos donos de ministérios na Esplanada.
Vice e conspiração
O PMDB, presidido pelo vice-presidente, Michel Temer, oficializou o rompimento no pior momento vivido por Dilma Rousseff. Ficou provada a máxima segundo a qual a principal função de vice que se presa é conspirar. Na reunião, os caciques posaram, aplaudindo a si mesmos, em comemoração ao ato oportunista. Dentre eles, estavam Roseana Sarney, a maior lulista da temporada petista, e Romero Jucá, que foi líder do governo e ontem comandou a reunião, chamada por ele de “um dia histórico”.
Comédia bufa!
Como os peemedebistas não quiseram mostrar a cara em votação nominal do desembarque, todos concordaram em tomar a decisão por aclamação. Ainda com direito a gritos de “Brasil para frente, Temer presidente”, “Fora PT”. Isso mesmo. Autêntica comédia bufa! Inacreditável como tem muita gente cara de pau na política, acreditando que o povo acredita neles. São 600 empregos sem concurso que os peemedebistas mantêm no governo petista por longos anos. E vão querer, agora, milhares.