A ferramenta da mudança

As eleições estão chegando no dia 7 feito uma onda gigante. A campanha alcança seu ponto mais tenso nos três dias que restam. A disputa presidencial, dadas as circunstâncias da crise institucional, política, econômica e social, faz os brasileiros viverem a maior expectativa desde 1999, quando votaram pela primeira vez depois do golpe militar de […]

As eleições estão chegando no dia 7 feito uma onda gigante. A campanha alcança seu ponto mais tenso nos três dias que restam. A disputa presidencial, dadas as circunstâncias
da crise institucional, política, econômica e social, faz os brasileiros viverem a maior expectativa desde 1999, quando votaram pela primeira vez depois do golpe militar de 1964. Há quatro anos, a presidente Dilma Rousseff foi golpeada pelo Congresso, apoiado pelo Judiciário, fazendo com que as eleições deste mês ganhem uma importância sem precedente.

No Maranhão, trava-se, novamente, a estrondosa batalha política para pôr fim ao sistema político oligárquico, implantado em 1965 por José Sarney. Do lado oposto, está o governador Flávio Dino com todas as ferramentas de poder que Sarney usou para se manter por tantas décadas dominando o Estado dentro ou fora do Palácio dos Leões. Sarney estendeu seu poderio pelo país, ao ser presidente da República, e para o Amapá, por onde se elegeu três vezes senador.

Como o Brasil é uma república presidencialista democrática, o voto que cada eleitor porá na urna no próximo domingo deverá ser o voto da esperança para a maioria. Muito relevante também para o Maranhão, onde o embate de urna se dá entre uma Sarney e um adversário ferrenho. O voto é a ferramenta de recolocar o país no caminho da recuperação, da união nacional e da superação das desigualdades perversas entre ricos e pobres. O Maranhão é o estado mais sofrido no país.

É pelo voto do dia 7 que os maranhenses vão resolver um impasse histórico: retornar o estado ao poder das famílias Sarney-Lobão ou quebrar de uma vez o paradigma do sarneísmo. Sistema político que não conseguiu arrancar o estado do atraso – apesar dos discursos ufanistas do ex-presidente da República. Flávio Dino, ganhando no primeiro turno, ou mesmo no segundo, estará na história do Brasil. Terá derrubado a mais longa oligarquia estadual que resiste de pé, até a estas alturas do século 21.

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