A embaralhada de Rocha

De propósito ou não, o senador Roberto Rocha provoca mais reboliço do que fatos, ao debandar do PSB para retornar ao PSDB com o aval da direção tucana nacional. Ele, de fato, já estava sem espaço no Partido Socialista desde quando entrou. Sempre encontrou resistência de boa parte da militância e dirigentes do partido de […]

De propósito ou não, o senador Roberto Rocha provoca mais reboliço do que fatos, ao debandar do PSB para retornar ao PSDB com o aval da direção tucana nacional. Ele, de fato, já estava sem espaço no Partido Socialista desde quando entrou. Sempre encontrou resistência de boa parte da militância e dirigentes do partido de coloração vermelha e de
ideologia que não se afina em nada com o pensamento do senador-empresário.

Declaradamente anticomunista de fé, Rocha, na verdade, já chegou ao PSB com forte divisão no Maranhão e no país. Elegeu presidente da comissão provisória de São Luís, filho, o então vereador Roberto Rocha Júnior. Ele não concorreu à reeleição em 2016 por ter sido vice da chapa de Wellington do Curso, 3º na disputa da prefeitura da capital. Como o PSB maranhense é controlado pelo prefeito de Timon, Luciano Leitoa,
o diretório de São Luís também saiu de Roberto Rocha Júnior e passou ao deputado Bira do Pindaré, aliado do governador Flávio Dino, de quem foi secretário de Ciência e Tecnologia.

Seja como for o resultado dessa novela nem socialista nem comunista, as eleições para governador do Maranhão em 2018 serão mais determinantes do que as de 2014. Na eleição passada, Flávio Dino apeou o grupo Sarney do Palácio dos Leões, com a promessa de não mais deixá-lo voltar. Em 2018, o maior desafio é exatamente cumprir essa projeção. Precisa arregaçar as mangas, fechar as brechas pelas quais os sarneístas sabem como ninguém penetrar e mostrar ao distinto público que a mudança de 2014 não tem volta.

No meio desse cenário, transita Roberto Rocha abrindo espaço que pode ser tanto no arraial de Roseana Sarney quanto no de Flávio Dino. Como a dicotomia política do Maranhão tornou-se uma guerra de lenha e fogo entre os Sarney peemedebistas e Flávio Dino, chamado por eles de “comunista”, Roberto Rocha, ao transitar pelo flanco da direita, vai acabar trombando em Roseana, caso ela se encoraje a disputar novamente o governo.

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