A Copa agora é de urnas
Acabou, de forma melancólica, a Copa do Mundo para o Brasil. Mas o desânimo do maior torneio esportivo do planeta não poderá contaminar o brasileiro na “Copa das urnas”, no dia 7 de outubro. Afinal, as eleições significarão o marco histórico para o país se reencontrar definitivamente com a democracia e com o futuro. Ou […]
Acabou, de forma melancólica, a Copa do Mundo para o Brasil. Mas o desânimo do maior torneio esportivo do planeta não poderá contaminar o brasileiro na “Copa das urnas”, no dia 7 de outubro. Afinal, as eleições significarão o marco histórico para o país se reencontrar definitivamente com a democracia e com o futuro. Ou botar a perder as conquistas sociais bombardeadas no golpe de 2016. As eleições, obviamente, não irão acabar com as mazelas da corrupção e da bandidagem, mas abrirão o caminho para se alcançar as verdadeiras aspirações dos brasileiros por um futuro, compreendendo o verdadeiro sentido do poder político emanado das urnas eleitorais.
O Brasil que sairá das urnas será desenhado desde a escolha do presidente da República, passando pelos governadores, senadores, deputados federais e estaduais. O Eleitor será o protagonista desse processo. Cada voto deve ser bem valorizado, olhando o seu contexto histórico e não mais vendido. Já há tempo suficiente para cada eleitor compreender o sentido da representação política, desde o deputado
estadual até o chefe da nação. O Brasil está mergulhado numa crise profunda em que só há um remédio capaz de recolocá-lo no contexto local e mundial: a democracia.
O novo presidente tem enorme responsabilidade. Mas nenhum charlatão aventureiro terá condições de colocar o país no lugar de destaque com discursos demagogos e planos mirabolantes. A democracia será fortalecida com o voto. Com um Congresso, presidente e governadores eleitos com o sentimento de brasilidade. Pode ser de esquerda, direita ou centro, mas que tenha legitimidade popular e apoio político. Ditadura não faz parte desse enredo e os próprios generais da atualidade sabem que os quartéis nunca foram a salvação de nenhuma nação, aqui ou em qualquer parte.
As eleições estão a 100 dias. Com Lula ou sem Lula. Antes e depois de preso, ele continua liderando todas as pesquisas. Significa que seu nome não poderá ser ignorado pela Justiça Eleitoral. Portanto, retirá-lo à força da disputa é golpear a vontade do eleitor. Se o princípio básico da democracia é o poder emanado do povo, bloquear essa liberdade
é retroagir. O eleitor deve ser esclarecido sobre o voto livremente e não impedi-lo de exercê-lo. Se preferir Jair Bolsonaro, Marina Silva, Geraldo Alckmin, Ciro Gomes, ou seja lá quem for, faz parte do jogo democrático, desde que todos eles participem em condições iguais.