A cobra vai fumar

Passada a votação na Câmara que arquivou a denúncia contra Michel Temer, o governo iniciou o processo de acerto de contas com os “aliados, mas desalinhados” com a votação de quarta-feira passada. Ao mesmo tempo em que o Planalto já comemora a saída de Rodrigo Janot da chefi a do Ministério Público Federal, Temer usa […]

Passada a votação na Câmara que arquivou a denúncia contra Michel Temer, o governo iniciou o processo de acerto de contas com os “aliados, mas desalinhados” com a votação de quarta-feira passada. Ao mesmo tempo em que o Planalto já comemora a saída de Rodrigo Janot da chefi a do Ministério Público Federal, Temer usa a implacável caneta Bic para demitir afilhados de “infiéis”, encarapitados em cargos federais.

A primeira queda foi do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Santa Catarina, o engenheiro Vissilar Pretto, como forma de punir o deputado Jorginho Mello (PR-SC), seu “padrinho”. É a demonstração de que a fatura da compra de voto foi alta demais para ser desmoralizada por deputados que receberam adiantado e tiraram o corpo fora para não se “queimar” junto ao eleitorado.

Michel Temer não estava brincando para fi car no poder.
Muito pelo contrário, gastou R$ 13,2 bilhões em emendas
e outras facilidades aos parlamentares em suas bases eleitorais.
Salvado das investigações propostas por Rodrigo Janot,
Temer vai jogar duro para aprovar as reformas da Previdência
e Tributária. E, de quebra, a Reforma política, dando
novo ordenamento às eleições de 2018. Tudo na maior correria
em razão do tempo e da complexidade das votações.

Membros do próprio PMDB pedem que o governo puna aliados que votaram contra ele, de olho nos cargos vagos que podem conquistar. A partir desta semana, Temer terá de administrar a pressão de membros do Centrão pela dos infiéis, sobretudo do PSDB, que votou rachado ao meio, e a inclusão de seus afilhados nos postos a serem abertos na Esplanada.

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