A amargura dos ex-ricos

Quase um milhão de brasileiros despencaram na condição social em 2017,passando das classes A e B,e boa parte escapuliu para engrossar a classe C.Milhares deles foram às ruas em 2015 e 2016, carregando bandeiras do Brasil,dando sustentação ao golpe contra Dilma Rousseff. A amostragem desses dados é do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do […]

Quase um milhão de brasileiros despencaram na condição social em 2017,passando das classes A e B,e boa parte escapuliu para engrossar a classe C.Milhares deles foram às ruas em 2015 e 2016, carregando bandeiras do Brasil,dando sustentação ao golpe contra Dilma Rousseff.
A amostragem desses dados é do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco e da consultoria LCA publicada pelo jornal Valor Econômico.

O movimento é o contrário dos verificados nos governos do PT,quando 32 milhões ascenderam das classes D e E à classe C. Os cálculos do Bradesco são baseados em pesquisas domiciliares do IBGE.Indicam que quase um milhão de pessoas deixaram de integrar as classes A e B no ano passado.São informações que contradizem a euforia oficial de que a crise acabou ainda em 2017 e que o país está em plena recuperação da prosperidade,a ponto de Michel Temer pensar em disputar a eleição.

Somente na classe A – composta por famílias com renda mensal de R$ 11.001 ou mais – foram 500 mil a menos.Essa elite passou a ser formada por 10,3 milhões de indivíduos em 2017,o que representava 4,9% da população.Ou seja,o topo da pirâmide social brasileira tornou-se ainda
mais estreito.Nas contas da LCA,o Sudeste foi a região com maior redução do número de pessoas nas classes A e B.Eles hoje são “ex-ricos”.A região tinha 40 milhões de pessoas nesses grupos em 2017, queda de 2,5%.

Trata-se de um achatamento da renda na região mais rica do país, conforme a percepção de outras pesquisas do IBGE.O Índice de Gini, que mede a desigualdade,recuou para 0,529 no Sudeste,por exemplo.A queda ocorreu exatamente pela menor renda dos mais ricos. Boa parte das pessoas que desceram o degrau social passou a integrar a classe C. A diferença em relação aos governos do PT é que a classe C aumentava
devido à ascensão social;agora,aumenta porque muitas famílias
ricas e de classe média estão descendo na escala social.

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