DITADURA

Bolsonaro propõe comemorar 55 anos do Golpe Militar no Brasil

Afrontando a democracia em vigor no país, o Presidente da República propôs ao Ministério da Defesa que fosse comemorado o período ditatorial que ele chama de “regime autoritário”

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro determinou que o Ministério de Defesa faça as “comemorações devidas” pelo golpe militar no Brasil. O episódio histórico completa 55 anos neste dia 31 de março. A informação partiu do porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, nesta segunda-feira (25).

“O nosso presidente já determinou ao Ministério da Defesa que faça as comemorações devidas com relação a 31 de março de 1964, incluindo uma ordem do dia, patrocinada pelo Ministério da Defesa, que já foi aprovada pelo nosso presidente”, afirmou Rêgo Barros em entrevista coletiva no Planalto.

Após o golpe de 64, instaurou-se no país uma ditadura que se estendeu por 21 anos. Dentre os “feitos” do período, estão inclusos civis torturados, mortos, foragidos e desaparecidos, além do fechamento do Congresso Nacional e da censura dos meios de comunicação.

Apesar de sempre ter exaltado a ditadura militar do Brasil e saudado o torturador Coronel Ustra, Bolsonaro parece se contradizer quando se trata de um território fora de seu interesse. Há 3 dias, durante um encontro com o presidente do Chile, Piñera, os dois firmaram um compromisso humanitário com a restauração da democracia na Venezuela.

“[Os presidentes acordaram sobre] O compromisso de contribuir para restaurar a democracia na Venezuela, que requer a realização de eleições presidenciais livres e justas, conforme os padrões internacionais e sob observação internacional independente; a liberação de todos os presos políticos; e o fim da sistemática violação dos direitos humanos naquele país”, diz um trecho da declaração.

Em um gesto de carinho, Bolsonaro prefere se referir à época brasileira como “regime autoritário” em vez de ditatorial. Resta saber quais aspectos o fazem diferenciar as mesmas ações anti-democráticas ora como parte de uma ditadura sangrenta, ora como característica de um mero regime político.

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