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Reinviidicação

Entregadores de aplicativos anunciam paralisação nacional para segunda e terça

A mobilização relembra o ‘Breque dos Apps’, ocorrido em 2020, que também visava melhorias nas condições de trabalho dos entregadores.

Levantamento realizado pela startup StopClub mostra uma estimativa de quanto ganham os motoristas de aplicativo em dez capitais brasileiras - foto: Reprodução Freepik

Entregadores de aplicativos em todo o país irão paralisar suas atividades na próxima segunda-feira (31 de março) e terça-feira (1º de abril), conforme convocação feita pela Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos (Anea). A medida tem o objetivo de pressionar as plataformas a atenderem as reivindicações da categoria.

Entre as principais demandas estão a reposição da taxa mínima de entrega, que não é atualizada há três anos, mesmo diante da inflação, e a garantia de melhores condições de trabalho, incluindo o reconhecimento do vínculo empregatício, direito a férias e proteção contra desligamentos arbitrários. Os entregadores, que já somam cerca de 1,6 milhão de trabalhadores em todo o país, enfrentam jornadas de até 12 horas diárias sem a devida proteção trabalhista e arcam com custos operacionais, como combustível e manutenção dos veículos.

A mobilização relembra o ‘Breque dos Apps’, ocorrido em 2020, que também visava melhorias nas condições de trabalho dos entregadores. A paralisação deverá ter início em Brasília, com uma concentração prevista na área verde da Antena de TV a partir das 14h, e se estenderá para outras capitais, afetando o funcionamento dos serviços de entrega por aplicativo durante o período.

O levantamento realizado pela startup StopClub indica a média de ganhos dos motoristas de aplicativo nas dez maiores capitais brasileiras, e reforça a importância da negociação para a melhoria das condições de trabalho na categoria. A expectativa é de que a mobilização possa forçar as plataformas a reverem suas políticas e a implementarem mudanças significativas que atendam às demandas dos trabalhadores.

A paralisação ocorrerá em âmbito nacional, e a categoria busca, com essa ação, chamar a atenção dos governos e das empresas para a necessidade de modernizar e adequar as relações de trabalho no setor de entregas por aplicativos. As medidas adotadas poderão impactar significativamente a operação desses serviços, afetando o fluxo de entregas em diversas regiões do país.

Fonte: Estado de Minas

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